O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) garantiu que o Acre deverá instalar, até o final deste ano, a sua primeira unidade de saúde prisional para atender os filhos de presidiárias e as que estão grávidas. O local servirá para garantir um espaço adequado para que as reeducandas acreanas possam acompanhar, com a segurança de que profissionais da Saúde acompanharão todos os processos, desde a gestação até os meses após o nascimento de seus bebês.
Atualmente, as presidiárias gestantes passam por uma situação difícil no Estado. Após o parto, elas têm de entregar seus filhos recém-nascidos para a sua família, uma vez que a prisão não é o lugar adequado para um neném crescer nos seus primeiros dias. A partir da unidade que deverá ser inaugurada neste ano, as mães do presídio terão um espaço próprio pa-ra ficarem ao lado de seus filhos, o que vai garantir a eles o direito a ter o aleitamento materno nos primeiros meses.
Pela lógica das unidades de saúde materno-infantis penitenciárias, no período de amamentação (que dura geralmente de 6 meses até 1 ano, dependendo da criança), as detentas recebem a atenção integral de equipes multidisciplinares, que vão desde médicos ginecologistas até pediatras, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e até odontólogos.
Por enquanto, nenhum estado da região Norte possui uma unidade materno-infantil de saúde específica para o público prisional. No entanto, até junho deste ano, um convênio entre o Depen e o Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) deverá implantar 1ª das unidades da região lá no Pará. Até o final do ano, o Depen afirmou que, além do Pará e do Acre, o Amazonas, Rondônia, Roraima e o Amapá também deverão ter a suas unidades materno-infantis.