Um policial militar é acusado de matar a tiros de pistola o peão de fazenda José Lima Carneiro, 33, na noite desta sexta-feira, 1º, depois de a vítima ter sofrido uma crise de agressividade, em sua casa, na rua Seis de Agosto, próximo ao Calçadão da Gameleira, no Segundo Distrito de Rio Branco.
O peão de fazenda foi atingido com dois tiros no peito e outro num braço e cerca de duas horas morreu numa cirurgia de emergência, no Pronto Socorro de Rio Branco.
Há duas versões para o crime. A primeira delas – da polícia – é a que consta no boletim de ocorrência da PM, é a de que o sargento Robson, autor dos disparos, chegou ao local e ao perceber a gravidade da ocorrência, já que a vítima estaria com duas facas e com a mulher de refém, teria solicitado uma pistola Taser, que dispara choque elétrico. A arma, no entanto, estaria sem cartucho. Carneiro então investiu com a faca contra a polícia.
A segunda versão é a de vizinhos de Carneiro, que resolveram ligar para a polícia depois que O peão começou a quebrar os utensílios domésticos dentro de casa, após se embriagar com álcool. Quando a guarnição chegou, José Carneiro apareceu com uma faca na mão dizendo que se a polícia entrasse na casa dele, ele se mataria. “Foi quando, eles arrombaram a porta e um policial sacou a pistola e efetuou dois tiros que o atingiram”, conta.
Mulher nega ter sido feita refém – A mulher do peão, Maria Inês Vieira de Freitas, 41, negou a versão da Polícia Militar. Ele afirmou que nem em casa estava quando teve a residência invadida pela polícia. “Meu marido estava fazendo tratamento de cabeça, e não podia consumir bebida alcóolica. Quando ele começou a beber dentro de casa eu resolvi sair de casa. Minha intenção era exatamente evitar que ele ficasse nervoso”, disse.