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Policiais militares são acusados de agredir estudantes em Rio Branco

Estudantes agredidos registraram queixa na Corregedoria Geral - FOTO REPRODUÇÃO TVACRETrês policiais militares estão sendo acusados de agredir três estudantes durante um patrulhamento realizado na tarde de segunda-feira (18), no bairro Placas, em Rio Branco. Dois adolescentes de 16 anos e o jovem Jeferson Oliveira (22) foram agredidos quando estariam pintando o muro de uma residência.

De acordo com a professora Almerinda Cunha, mãe de Jeferson e de um dos adolescentes, os garotos estavam pintando o muro de uma casa da família, que estava sendo reformada, no momento da abordagem.

“Não entendi o porquê dos policiais terem feito isso. Meu filho contou que eram três e o que eles fizeram foi uma abordagem ‘truculenta’. Eles agiram como se os meninos fossem bandidos. Bateram de cassetete na costela do meu filho mais novo e de lanterna no peito dele e mandaram calar a boca”, disse.

A mãe informou ainda que o filho mais novo, pode ter sido vítima de racismo, pois os policiais o agrediram direto sem perguntar nada. “Nunca vi uma abordagem assim, meus filhos disseram que eles já chegaram batendo, agredindo”, contou a professora.

Os meninos disseram que os policiais, depois de já terem sido agressivos ainda entraram dentro da casa, sem permissão, alegando que queriam ver o que tinha dentro do local e que este, anteriormente teria sido uma boca de fumo.

“Quero justiça, os meninos não são garotos de rua, todos são estudantes. Meu filho mais novo está no ensino médio e o primo dele, o Javan também. E meu filho mais velho, o Jeferson, estuda fisioterapia. São estudantes e merecem respeito”, acrescentou.

A mãe dos garotos foi na Corregedoria da Polícia Militar (PM) onde conversou com o comandante da PM Anastácio dos Reis.

“Ele me atendeu muito bem e disse que não compactua com esse tipo de abordagem e que se for comprovado que os policiais realmente agrediram os meninos, eles serão devidamente punidos”, acrescentou.

Almerinda registrou ainda queixa na 5º Regional e fez o Boletim de Ocorrência (BO).

Segundo o subcomandante da Polícia Militar, Paulo César Rocha, após a responsável e os supostos agredidos serem ouvidos, foram tomadas as medidas cabíveis. “O caso foi encaminhado para a Corregedoria, aberto um processo administrativo e os policiais também foram ouvidos. As vítimas vão fazer o exame de corpo de delito no IML e tomada essas medidas, será tudo enviado ao Ministério Público”, explica. (Janine Brasil G1AC)

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