O presidente da Aleac Élson Santiago (PEN) e o vice-presidente Moisés Diniz (PCdoB) reuniram a imprensa na manhã desta sexta-feira, 22, para falar das decisões tomadas pela comissão de deputados estaduais que esteve em Brasília, na última quarta-feira, 20, para tratar sobre a situação de presos brasileiros na Bolívia, em específico.
Os parlamentares acreanos, junto com a bancada federal do Estado, cobraram do Itamaraty soluções para a problemática entre brasileiros e bolivianos que vem se arrastando há um bom tempo. Além da tortura de presos no presídio Villa Busch, em Cobija, os parlamentares colocaram na pauta mais 2 reivindicações: a questão dos estudantes brasileiros que residem na Bolívia e dos agricultores que ocupam a faixa de fronteira.
O Itamaraty garantiu realizar duas audiências públicas. Uma no Acre, na região de Brasiléia e outra que será realizada em La Paz, Bolívia, com a presença de autoridades boli-vianas envolvidas na questão. As audiências acontecem até o final de março.
O presidente da Aleac, deputado Élson Santiago (PEN) disse que se as medidas acordadas não forem cumpridas pretende radicalizar com o fechamento da fronteira, mas acredita que as soluções serão tomadas para que evite uma medida dessa natureza.
“Esperamos que seja resolvido essa questão. A Bolívia depende em muito dos brasileiros, mas caso não se resolva o problema, sou favorável ao fechamento da fronteira”, disse Santiago.
Dados revelam que mais de 200 mil bolivianos vivem no Brasil de forma legal. Desse modo, os parlamentares querem o mesmo tratamento aos brasileiros que residem na Bolívia ou que mantém relações com aquele país.
O vice-presidente da Aleac, deputado Moisés Diniz, ressaltou que a Defensoria Pública da União, em Brasília, ficou responsável por disponibilizar, no Acre, defensores públicos para tratarem da questão de presos na Bolívia, uma vez que, trata-se de assuntos internacionais. Diniz defendeu um posi-cionamento mais firme pelas autoridades diplomáticas brasileiras.
Defendo que o Brasil cobre mais da Bolívia para que se cumpram os acordos. Precisamos ser mais firmes, mas claro, sempre com o diálogo”, frisou o vice-presidente do parlamento acreano.
O deputado Moisés Diniz defende, também, a criação de um grupo de trabalho que ficará permanente analisando essas questões na fronteira. Ele ressaltou ainda, a importância da ida a Brasília.
“Quero registrar que a Assembleia do Acre dar um exemplo de união e compromisso com a ida do nosso presidente Élson Santiago. Não foi só uma comissão, mas a representação do parlamento acreano”, disse Moisés Diniz.