Uma denúncia de que madeireiros peruanos estão adentrando ao Parque Nacional da Serra do Divisor, no Vale do Juruá, chegou ao conhecimento do deputado Éber Machado (PSDC). Segundo consta, os invasores peruanos estão retirando madeiras nobres, além da caça predatória na região.
Ainda de acordo com a denúncia, a presença estrangeira no Parque Nacional da Serra do Divisor foi intensificada nos últimos dois anos com a ausência do Ibama em Cruzeiro do Sul. Para se ter uma ideia, em janeiro deste ano, os moradores da região encontraram máquinas pesadas que faziam o transporte das toras de madeiras para o lado peruano.
Diante dos fatos, o deputado Éber Machado criticou duramente a ausência do Ibama em Cruzeiro do Sul e afirmou ainda a “ineficácia” do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade para a fiscalização dos problemas na região.
“Temos o ICMBio que pra mim é fachada. Não tem recursos para operar. Isso vem acontecendo deste do ano passado, a invasão peruana aos nossos recursos. O Ibama e o ICMBio não existem em Cruzeiro do Sul. Quando o Ibama vem é pra multar aqueles trabalhadores que tem uma vida dedicada a Amazônia. Precisamos combater os madeireiros peruanos”, disse o deputado.
As críticas do parlamentar também foram quanto ao modo de atuação dos órgãos ambientais no que diz respeito ao uso dos recursos naturais pelas famílias brasileiras. Dados apontam que atualmente 700 famílias continuam na unidade de conservação, sendo que este número era de 3.000 mil famílias na época de criação do Parque em 1989.
“As regras impostas para o uso da terra pelos brasileiros são duras. Pegando a fala aqui da denúncia, os moradores das comunidades Formigueiro e Bahia informaram que o chefe do Parque quando esteve lá disse aos moradores que o limite para desmate era de meia hectare para o plantio. O chefe do Parque é um bacana que fica atrás de uma mesa monitorando via satélite”, pontuou o parlamentar.