A morte brutal de um brasileiro em um presídio boliviano, no Departamento de Pando, em Cobija, causou indignação em alguns parlamentares acreanos que se manifestaram sobre o assunto.
O deputado Walter Prado (PEN), que é presidente da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), disse que irá preparar um relatório sobre o fato e buscará providências. Outra medida que será tomada, pelo parlamentar acreano, é o deslocamento de uma comissão para averiguar a situação da casa de detenção.
Prado afirmou também que fará o possível para acionar à Bolívia perante as autoridades internacionais por não estar cumprindo o pacto firmado entre os dois países quanto aos Direitos Humanos.
Outro parlamentar que se pronunciou sobre o assunto foi o deputado Moisés Diniz (PC do B). Para o comunista, atos de violência como estes devem ser punidos. O deputado disse, ainda, que pedirá junto aos Ministérios da Justiça e Relações Exteriores providências para o caso.
“Vou pedir ao Ministério da Justiça e das Relações Exteriores uma posição mais energética para o problema. Já é a segunda vez que isso acontece. Não podemos permitir isso”, disse Diniz.
Moises Diniz (PC do B) afirmou, também, que mesmo o poder dos deputados estaduais seja limitado quanto à questão, pois se trata de relações internacionais, ele mobilizará a bancada federal para a problemática.
“Outra medida que estarei propondo é que os 8 deputados federais e os 3 senadores cobrem, em Brasília, soluções para esse episódio. Solicitarei, inclusive, uma inspeção no presídio para ver as condições, e se possível até o fechamento da unidade”, argumentou o deputado comunista.
O parlamentar acreano do PC do B defende a criação de um grupo permanente de trabalho, que envolva os movimentos sociais e autoridades ligadas à segurança para estarem acompanhando a situação de presos brasileiros em solo boliviano.
“Acredito que um grupo de trabalho, constituído, facilitará até a extradição de presos brasileiros na Bolívia”, finalizou Diniz.