Tudo já foi dito sobre o sofrimento, o drama de milhares de famílias atingidas pela cheia do Rio Acre que se repete, praticamente, a cada ano com maior ou menor intensidade, como se está assistindo nesses dias. Mas é preciso insistir.
A cada ano em que ocorre o problema, fica mais evidente que os bairros atingidos – quase sempre os mesmos – tornaram-se inviáveis para moradia e, consequentemen-te, a necessidade de um grande e permanente projeto de reordena-mento da Capital do Estado para áreas mais elevadas.
Não há como fugir desta questão e é preciso que os governantes, a classe política e a própria sociedade se conscientizem dessa necessidade, assumindo como programa de governo a desativação dessas áreas comprovadamente inviáveis e a construção de novos bairros ou conjuntos habitacionais em locais mais apropriados.
Evidentemente que isso não se faz de um dia para outro nem de um ano para outro, mas precisa constar como um programa permanente de cada administração municipal e estadual, porque não há outra obra mais prioritária do que essa.
A não ser que se queira insistir no erro ou na malandragem de se criar a “indústria da alagação”, aumentando e agravando ainda mais os problemas sociais e ambientais da cidade.