TEXTO E FOTOS:
IVETE MARTINELLO
Enviada a São Paulo
O que esperar de um carro novo? Potência, conforto, design arrojado, praticidade e bom preço. Aliando tudo isso com uma impecável relação de custo-benefício, a Chery Brasil lançou nesta semana, em Atibaia, São Paulo, o modelo de carro que promete ser uma verdadeira inovação para a sua categoria. Trata-se do Chery Celer, o carro que traz mais de 40 itens automobilísticos, rompendo de uma vez por todas aquelas velhas barreiras de que carro tem que sair da concessionária só com componentes básicos ou, pior ainda, ‘pelado’ (isto é, sem quase nada).
Entre os seus 40 artifícios, o Celer já vem com: vidros elétricos nas portas traseiras e dianteiras; botão interno para acionar a abertura do tanque e do porta-malas; alarme; ar-condicionado; CD e MP3 player com entrada USB e rádio AM/FM; direção hidráulica; freios ABS nas 4 rodas; rodas de liga leve; airbags do motorista e do passageiro dianteiro; ajuste do banco do motorista em 6 posições; porta-copos; acendedor de cigarros; travamento das portas a distância; limpador e pára-brisa dianteiro e traseiro; bancos traseiros rebatíveis; vidros elétricos nas 4 portas e muito mais.
O Celer foi lançado em 2 versões. A primeira é a Hatch, com motor flex 1.5, 16 válvulas, e ótima para quem gosta de um carro compacto, com um aspecto moderno e muita praticidade. Tudo isso pelo valor, em média, de R$ 35.990,00. Já a segunda versão é a do modelo Sedan, ideal para quem prefere por um pouco mais de sofisticação no seu veículo, com motor também flex 1.5 e com 16 válvulas. O valor por este conforto é, em média, de R$ 36.990,00.
O carro chega às concessionárias de todo o país nesta última semana de março. Ele é importado com base nas unidades do estilo Wuhu, da China. Seu design é de origem de um país com ampla tradição mundial na fabricação de carros, a Itália, projetado pelo Estúdio Torino Design. A sua venda já é sucesso garantido ao redor do planeta, com uma excelente adesão em 14 países.
Contudo, ao adquirir o Celer, o consumidor brasileiro vai ter a consciência de que está investindo não na Itália ou na China, mas sim no seu próprio país. Isso mesmo, no Brasil, já que este modelo é o primeiro da marca Chery fabricado totalmente em território nacional.
Quem confirma é o vice-presidente da Chery em pessoa, o CEO Luis Cury, que participou do lançamento do novo carro que vai cair no gosto dos brasileiros, em São Paulo: “Para a Chery Brasil, o Celer tem um significado especial e representa o começo de uma nova era da empresa no país. Além de ser o primeiro carro nacional da marca, ele será fabricado na primeira unidade de regime completo de produção fora da China, não apenas no sistema CKD. Ele é perfeito seja para quem está à procura de seu primeiro carro ou seja para quem quer apenas inovar”.
E é justamente por tantas vantagens que a Chery afixou metas de vender 7 mil unidades do Celer neste ano, 5.250 da versão Hatch e 1.750 da versão Sedan. Para atingir tais objetivos, a empresa vai investir quase R$ 37 milhões nas áreas de Vendas, Pós-Vendas e de Marketing. Ou seja, quem comprar o seu, saberá que depois terá o mais alto padrão Chery de atendimento.
Mas o melhor mesmo é que o Celer terá nada mais, nada menos do que 5 anos de garantia.
Alto desempenho
Dentro da sua categoria, o Celer – ou melhor: ‘célere’, do latim – é imbatível. Seu motor é desenvolvido para atuar tanto em altas quanto em baixas rotações, funcionando em conjunto com a transmissão manual das 5 marchas. Os seus 108 cavalos de potência, aliado ao limite de 6 mil rpm (rotações por minuto) garante a esta ‘máquina’ atingir uma velocidade de até 160 Km/h e oferecendo aos motoristas uma facilidade sem igual para fazer ultrapassagens e outras manobras que exigem aceleração imediata. Tudo com extrema segurança.
Para as curvas, o carro dispõe de pneus 185/60 em rodas de liga leve aro 15’’que garantem um ótimo controle na hora de virar. Seu sistema de suspensão McPherson e freios de discos ventilados na frente e tambores atrás, com sistema antitravamento (ABS) e de distribuição eletrônica de frenagem (EBD), lhe asseguram estabilidade para manobras e adaptação a relevos irregulares. Além do mais, sua direção hidráulica – que já vem de fábrica – garante comodidade na hora de dirigir.
Desenho
O design do carro é um dos seus diferenciais, para ninguém botar defeito. Seu visual externo é bem alinhado, o que lhe confere um toque de esportividade. Sua grade de frente vem logo de cara para comprovar isso. Ela se funde com faróis bem alongados e refletores duplos em lente com aspecto de cristais, formando um tom agressivo de ‘V’ horizontalizado. Nas laterais, suas linhas completam o molde esportivo do veículo, com uma linha de cintura alta que lhe garante uma visualização de dinamismo e, ao mesmo tempo, de grande espaço. Atrás, o Celer é semi-achatado possui um pára-choque com moldura para as suas lanternas brilhantes.
No interior, ele foi idealizado para agradar o gosto de todo brasileiro apaixonado por carros, que não dispensa um toque requintado de tons escuros, casando o preto com cinza, sempre predominando o preto em contraste com o prata fosco. Há paineis de instrumentos na porta, com muitos porta-objetos e porta-copos uteis, além de acendedor de cigarros, cinzeiro, bancos de tecido com centro texturizado, luzes dianteiras de leitura, alça de segurança no teto, etc.
Suas dimensões são 1,492 metro de altura, 1,686 metro de largura e 2,527 metros de entre-eixos (comprimento). Todas medidas com espaços otimizados para caber com conforto cinco pessoas no carro, mais todos os 40 itens que já vêm de fábrica. O porta-malas da versão Hatch tem capacidade para até 380 litros e a da versão Sedan comporta 450 litros.
O Celer está disponível nas seguintes cores: Dolphin Gray (cinza ‘golfinho’); Nasdaq Silver (prata); Chery White (branco); Ink Black (preto); Jade Blue (azul ‘pedra jade’); Passion Red (vermelho paixão); Crown Gold (amarelo dourado) e Charm Gold (marrom bronzeado).
O carro Celer, primeiro da Chery fabricado no Brasil, vem nas versões Hatch e Sedan, tem motor 1.5, tração dianteira, rodas liga leve, 5 portas, acionamento interno para abertura de tanque e porta-malas, airbag do motorista e passageiro dianteiro, ajuste do banco de motorista em seis posições, alarme antifurto, ar condicionado, aviso sonoro do cinto de segurança do motorista desatado, bancos traseiros rebatíveis, CD e MP3 player com entrada USB e rádio AM/FM, chave tipo canivete, desembaçador traseiro, direção hidráulica, farol de neblina dianteiro e traseiro, chave codificada, indicador de aviso de porta aberta, luz de leitura dianteira, relógio digital, travamento de portas a distância, vidros elétricos nas portas dianteiras e traseiras, dentre outros ítens.
Acre quer Câmara Internacional de Conciliação e Arbitragem
ITAAN ARRUDA
A Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre quer ampliar a ação da Câmara de Conciliação e Arbitragem. “Devido à construção de relações comerciais com o Peru, nós pretendemos transformar a nossa câmara em ‘internacional’”, adiantou o secretário da Acisa, Luiz Figueiredo.
É um passo audacioso especificamente por um fator: o empresário ainda não apreendeu a cultura da Conciliação e Arbitragem como mediação de relações conflituosas na área comercial ou industrial.
“Nós precisamos mudar a cultura e demonstrar como essas câmaras são eficazes”, afirmou o presidente da Federação das Associações Comerciais do Acre, George Pinheiro, que também responde pelo setor de Conciliação e Arbitragem da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil. É preciso acabar com a “cultura da sentença”, como frisou a advogada e mediadora Nathalia Mazzonetto, em recente encontro sediado na Acisa (ver entrevista).
Ao seu modo, a Câmara do Acre tem conseguido dar respostas do tamanho do comércio local. Nem mais nem menos. Com estrutura para mediação instalada em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, a câmara realizou o Mutirão da Conciliação Empresarial. Das 28 audiências, 27 resultaram em acordos com montante calculado acima de R$ 90 mil, segundo relatório da Acisa.
São números tímidos? Talvez. Mas, expressam a realidade da economia local. É isso o que Pinheiro tenta ressaltar sobre a importância da “mudança de cultura” no empresariado. Modestos ou não, o fato é que o setor precisa confiar na capacidade de entendimento e mediação fora da esfera judicial.
O documento da Acisa valoriza esses números, somados ao Mutirão da Conciliação Habitacional, mesmo em um “ano atípico”, como se refere ao ano passado.
O secretário da Acisa, Luiz Figueiredo tem uma justificativa pragmática para que o empresário valorize e busque soluções nas câmaras de conciliação. “Pra que eu vou judicializar uma relação com o meu fornecedor, por exemplo?”, pergunta. “Em todos os setores, nós temos tão poucos fornecedores e se eu judicializo eu tenciono uma relação que pode resolver os nossos problemas e ainda mantermos nossas relações comerciais intectas”.
Figueiredo intermediou a vinda ao Acre de uma autoridade nacional no assunto, Nathalia Mezzonetto. Ela é advogada e mediadora. Ela atuou como mediadora em conflitos de natureza societária e de propriedade intelectual (faz doutorado no tema) e é membro efetivo do corpo de mediadores do Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CAM-CCBC) (ver entrevista).
Em um evento realizado no auditório da Acisa na semana passada, Mazzoletto ouviu o entusiasmo sobre o assunto presente na fala do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Acre, Marcus Vinícius. “Vou criar uma comissão de Arbitragem na OAB Acre para aproximar o assunto da realidade dos nossos advogados”, prometeu.
A fala do presidente da OAB tem um significado especial. Como as Câmaras de Conciliação evitam a judicialização de um processo, existe uma tendência a acreditar que o trabalho do advogado é desmerecido ou substituído.
“De fato, é um outro nicho de mercado que se abre”, ensina a advogada Mazzo-letto. “As câmaras de mediação e arbitragem não são uma ‘justiça paralela’. A Justiça, aliás, é parceira e o trabalho do advogado é de suma importância”.
Senado – O Senado instala na próxima quarta-feira, dia 3 de abril, uma Comissão de Arbitragem. O ministro do Superior Tribunal de Justiça, Luiz Felipe Salomão, vai presidir uma comissão de juristas que vão apresentar propostas de reforma na Lei de Arbitragem e Mediação, em vigor desde 1996. A lei foi uma proposta do então senador Marco Maciel.
Conciliação e arbitragem. O que são?
De maneira simples, pode-se entender a arbitragem como uma forma de resolução de conflitos (litígios) de maneira mais rápida, valorizando o entendimento entre as partes. A Administração de Empresas, atualmente, só é concebida uma vez que se apreenda esses conceitos.
O comércio internacional já efetiva as Câmaras de Conciliação e Arbitragem em litígios bilionários. Hoje, no Brasil, a arbitragem, além de possui uma referência legal (Lei 9.307, de 23 de setembro de 1996), ganha terreno em setores estratégicos.
As obras da Copa do Mundo, por exemplo, já preveem (todas) cláusulas contratuais que inserem a arbitragem como possível instrumento de resolução de conflitos.
A Conciliação e Arbitragem é uma demonstração de maturidade do setor privado. É como se a própria iniciativa privada fosse capaz de conseguir resolver conflitos na base do entendimento.
Como se realiza?
1) Uma vez identificado um problema, as partes envolvidas decidem buscar uma solução;
2) Sabem que, caso busquem a Justiça, existe a possibilidade de que o processo demore tempo demais e acabe inviabilizando os empreendimentos;
3) Decidem acionar a Câmara de Conciliação e Arbitragem;
4) As partes contratam advogados e estudam quem serão os mediadores (especialistas que atuam em casos específicos de sua área de trabalho. Os mediadores mudam, de acordo com a natureza do conflito);
5) Inicia-se a conciliação;
6) Existe possibilidade de não haver conciliação e as partes buscam a judicialização;
7) Existe possibilidade de que a conciliação ocorra parcialmente;
Nathalia Mazzonetto
Ela é advogada e mediadora. Tem diferenciada experiência em disputas empresariais. Já atuou como mediadora em conflitos de natureza societária e de propriedade intelectual. Professora convidada de cursos de Propriedade Intelectual e Mediação/Arbitragem de instituições como ASPI, FGV Direito, etc. Atuou como professora de Prática Jurídica, Teoria Geral do Processo e Mediação e Arbitragem do American College of Brazilian Studies (AMBRA College) e professora assistente de Direito Processual na USP.
Esteve em recente evento na Associação Comercial do Acre para falar sobre Mediação, Conciliação e Arbitragem. Na ocasião, conversou com o Acre Economia.
Do ponto de vista legal, em que pé estão a Conciliação e a Arbitragem?
Nathalia Mazzonetto – Nós temos uma lei que regula o instituto da Arbitragem, que é a Lei da Arbitragem 9307. Isso deu muita segurança. Em 2001, houve uma ação de constitucionalidade e o STF confirmou a constitucio-nalidade e isso acabou deslanchando o instituto, que já existia, e trouxe mais segurança para as partes. A mediação ainda não tem uma lei. Há uma lei. O CNJ recentemente lançou uma política pública de resolução adequada de conflitos e aí é a mediação no âmbito do Judiciário. Essa mediação já vinha ocorrendo de forma privada por Câmaras de Comércio. O que precisa mesmo é a criação de uma cultura.
Como assim?
Nathalia Mazzonetto – É preciso criar um novo paradigma em que as próprias partes conduzam essa resolução de conflitos. Nós crescemos com a ‘cultura da sentença’ em que nós transferimos o nosso conflito para um terceiro (Judiciário) e a Justiça vai determinar, sem conhecer a realidade das partes, sem conhecer qualquer situação ali. E nem sempre essa decisão tem a efetividade que as partes buscam. Acaba ocorrendo o reverso que nós do Direito chamamos de ‘litigiosidade contida’: decidem o meu conflito sem conhecer a minha realidade e eu ou recorro ou fica uma decisão inexequível mesmo.
Isso não é desmerecer o Judiciário?
Nathalia Mazzonetto – De forma alguma. O fato é que o Judiciário não tem a capacidade de entender aquela realidade porque o juiz, pela nossa própria formação jurídica, tem uma formação generalista. Ele tem que decidir sobre tudo. Nesse ponto [do setor comercial e industrial], a mediação e arbitragem são interessantes porque são pessoas especializadas na matéria. No caso de um tribunal arbitral, ele pode ser formado por pessoas de formação jurídica e formação técnica, dependendo da área que o conflito envolve. Para o empresariado é muito rico. Hoje, há poucos tribunais que tem câmaras especializadas.
NOTAS ECONÔMICAS |
3+1
Três fatores econômicos e um político serão basilares na plataforma eleitoral da presidente Dilma Rousseff: juros baixos; tarifa de energia elétrica mais baixa; cesta básica mais barata e Lula ao lado na foto.
Trim trim…
Aumento de passagem de ônibus. Pense em um assunto desconfortável nos corredores da Prefeitura de Rio Branco! Se vai haver ou não… ou quando vai haver… ou de quanto vai ser…
… fechou a rosca
Só não pode dizer que é assunto proibido porque não pega bem. Mas, afirmar que é algo que se trate com a naturalidade… isso não se pode dizer.
Exemplo I
Já que se gosta tanto de anunciar que o Acre é exemplo para tudo… não se pode deixar de registrar o fato de que o protesto dos estudantes de Rio Branco pressionando os vereadores para aprovação da passagem de R$ 1 foi, de fato, um exemplo, comparado ao vandalismo de Porto Alegre.
Exemplo II
Manipulados ou não, o fato é que os estudantes acreanos foram civilizados. Pressionaram e foram eficazes na estratégia. Se as cenas de vandalismo fossem feitas aqui no Acre, o Sul maravilha já taxaria logo: “Ah! Mas, é no Acre…”. O que se viu em Porto Alegre foi barbárie. Simplesmente.
Moura na ZPE
O empresário Roberto Moura já formalizou a entrada de empresa de sua propriedade na Zona de Processamento de Exportação. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Edvaldo Magalhães.
Produto
Produção de açúcar é o que vai ser feito na unidade aberta pelo dono da Recol. Sem problemas de capital de giro, Moura pode ser o pioneiro no país a plantar o primeiro pé de tijolo em uma ZPE alfandegada. Quem sabe se o empreendimento não vai ser lançado oficialmente pela presidente Dilma? Seria excelente para o Acre.
Agenda
Aliás, é chegada a hora de a presidente Dilma observar com mais apuro a região Norte. Tudo bem que o Acre não lhe foi muito companheiro nas últimas eleições. Mas, é preciso construir outra relação. Mais próxima.
Mochileiro
Já já o senador Aécio Neves (PSDB/MG) desembarca por aqui com sua anunciada mochila para fazer política. E, o que é mais irônico, sem ter nada para mostrar. É quase uma cena surreal: Dilma com vários investimentos e perdendo o debate e Aécio, sem nada, cantando de galo. Quem cuida, tem que estar perto.
Autoria
Os investimentos que o Governo Federal faz na região têm sido acolhidos no discurso oficial. Justiça seja feita: em qualquer palanque, o nome da presidente é repetido quase como um mantra. Estratégia eleitoral? É óbvio que sim. Mas, não deixa de ser também um reconhecimento justo.
Domésticas
Situação dramática de muitas empregadas domésticas no Acre. O sindicato da categoria afirma que vai haver demissões em função das recentes leis aprovadas concedendo às trabalhadoras uma série de benefícios. Tempos difíceis! Em outros períodos, se resumiria a situação na frase Ou a língua ou o beiço!
Escola Marginalista*
Os economistas desta escola iniciam um processo de transição que vai da negação aos princípios marxistas até a pavimentação do caminho para os neoclássicos e o estudo da microeconomia.
Os próprios marginalistas já utilizam a microeconomia como fundamento. É o momento em que a economia começa a ser uma ciência social mais focada na exatidão. A Matemática começa a ser uma ferramenta mais rotineira na análise dos conflitos econômicos.
O foco da análise dos marginalistas é prioritariamente em cima de um conceito: margem de lucro. Há uma possível explicação histórica para essa postura da escola. A Europa vivia um contexto de extremas contradições.
Na segunda metade do século XIX, boa parte da população era pobre ou extremamente pobre. Paradoxalmente, a produção das indústrias e a consequente alta lucratividade em função dos monopólios.
Um aspecto que não pode deixar de ser lembrado da Escola Marginalista: valorizaram a livre concorrência. Em certa medida, os marginalistas retomam o princípio clássico da intervenção mínima do Estado na economia.
Os marginalistas também iniciam um princípio que será detalhado mais tarde por Alfred Marshall (neoclássico): o preço de um produto é orientado pela demanda. Está aqui na escola marginalista um conceito que é rotineiramente utilizado hoje nos meios de comunicação para tentar explicar o sobe e desce dos preços dos produtos. Os marginalistas asseguravam que o fator determinante do preço era a demanda.
Os marginalistas, por antipatizarem com as causas operárias (no sentido de não incentivar a organização da classe trabalhadora), acabaram por trabalhar em prol das classes mais abastadas ou por quem tinha o interesse em manter o status quo.
O nome da expressão é chato: “análise do equilíbrio parcial”. Traduzindo: eles abstraiam da realidade e explicavam cada fator de influência sobre determinado problema de maneira separada. Analisavam cada fator. Um por um (e não todos ao mesmo tempo como ocorre na realidade).
Esse método deu mais exatidão às análises. Essa análise microeconômica é uma espécie de complementaridade às exigências presentes na macroeconomia. É como se se entendesse parte a parte o problema todo.
Quem foram os precursores da Escola Marginalista?
Há outros teóricos que chegaram às mesmas conclusões mesmo trabalhando de maneira independente e em regiões também diferentes da Europa, notadamente, França e Alemanha. Mas, não é exagero lembrar com mais destaque os nomes de William Stanley Jevons (mais conhecido simplesmente como Jevons) e Carl Menger (ou simplesmente Menger).
Precursores
Jevons: críticas ao pensamento de Ricardo.
Menger: teoria do valor fundamentado no conceito de “utilidade”.
*Pedimos desculpas pelo fato de a coluna Referências não ter sido publicada na última edição do Acre Economia. A explicação se deve à falta de espaço diante da necessidade de publicação de dois artigos tratando da polêmica sobre a execução das obras da Cidade do Povo. A coluna Referências passa a ter regularidade normalizada. Na próxima semana, o espaço vai tratar do pensamento dos economistas da Escola Neoclássica. Até lá.