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Concessionária Charme apresenta linha DS da Citroën

Com dois anos no mercado, a Charm, concessionária Citroën em Rio Branco, apresentou ontem pela manhã a nova vedete do mercado automobilístico: a linha DS. São eles DS3; DS4 e DS5.
Os carros estão naquele grupo de automóveis que se diferenciam não apenas pela alta tecnologia, já rotineira no processo produtivo da Citroën. Cada exemplar é, de fato, a reunião de uma série de “conceitos”.
Motor Peugeot/ Citroën/BMW: potência que alia força e economia. Modelo mais barato da série DS custa R$ 79 mil. Consumidores especiais.
“Dentro do carro, as ‘sensações’ que o usuário tem são algo difícil de descrever”, entusiasma-se o gerente geral da Charme, Luiz Augusto Cordeiro. De fato, os carros impressionam. “A Citroën colocou tudo o que foi tecnologia de ponta nesses produtos”.

Farol led diurna, farol xênon autodirecionais (o farol “acompanha” o giro do volante), sensor de monitoramento de ponto cego (no DS4); faz “leitura” de vaga na hora de estacionar; se o motorista sair do carro e vai voltar rapidinho, pode desligar o carro, mas aciona uma função “rest” e o ar fica ligado por até oito minutos.

A série DS trabalha com o conceito downsizing. O motor é resultado da parceria Peugeot, Citroën, BMW pelo sistema joint venture. O PSA Peugeot Citroën, presente nos três modelos, é pequeno, mas nervoso. De acordo com publicações especializadas, o DS3, por exemplo, acelera de 0 a 100 Km/h em 7,6 segundos. Dos três modelos, o DS3 é único que tem câmbio manual, o que reforça a sua natureza esportiva.

Os outros dois, de acordo com o gerente Cordeiro, também têm agressividade quanto à potência, mas já obedecem às exigências de um consumidor mais focado nas “questões de conforto”.

A concessionária Charme possui cinco bancos com um mix de produtos que dá opções a quem desejar essas máquinas. O banco mais utilizado, de acordo com a gerência, é o Banco Citroën.

Não há como negar: a linha DS atende às exigências do mercado premium. O DS3 está disponível na concessionária de Rio Branco a partir de R$ 79,9 mil. O DS4, a partir de R$ 101,09 mil e o DS5 a partir de R$ 126,09 mil.

Muito caro para a realidade das ruas acreanas? Que nada! Já existem cinco exemplares dessas máquinas desfilando por aqui. No Brasil, o mais velho da série é o DS3. Foi lançado na Europa há três anos e nas ruas tupiniquins já está desde abril do ano passado. O DS4 é vendido no Brasil desde fevereiro do ano passado. O caçula da turma é o DS5: chegou em dezembro.

Na concessionária de Rio Branco , o DS3 disponível é vermelho. E os DS4 e DS5 estão disponíveis na cor preta. Mas, se o consumidor quiser alguma cor diferente, é só pedir. A Charme dá um jeito.

Acre ganha moderno sistema de monitoramento e rastreamento de veículos
Você já pensou em monitorar seu veículo 24 horas por dia, garantindo assim, a total segurança do mesmo e afastando qualquer risco de roubo? E de sua própria casa ou através de um telefone celular?
A Vigiacre, empresa que atua no ramo da segurança privada há mais de 10 anos, oferecendo serviços de vigilância eletrônica com monitoramento de imagens e alarmes; Vigilância armada e desarmada; segurança de ventos e ronda patrimonial, agora também oferece o serviço de monitoramento e rastreamento de veículos.

Na prática, isso significa que agora você pode ter sua frota ou seu veículo 100% seguros, sem nenhum risco de roubo. Mas não é só isso. A segurança, claro, é um dos principais atrativos para quem quer contratar os serviços.

Mas outras vantagens como análise de dados, principalmente para empresas de transporte, que auxiliam no monitoramento da carga em tempo real, fazendo, inclusive o controle de como o veículo está sendo dirigido e a possibilidade de diminuir gastos, até mesmo na hora de abastecer o veículo, também chama atenção.

E não é só isso. A qualidade dos serviços oferecidos pela Vigiacre, aliado a tecnologia do sistema e ao preço do produto, com suas grandes vantagens, tornam o sistema de monitoramento e rastreamento de veículos uma alternativa para quem quer proteger sua frota ou seu veículo com 100% de segurança.

“Nossa empresa procura sempre garantir um serviço de qualidade para nossos clientes. Decidimos entrar no ramo de monitoramento e rastreamento de veículos, porque temos um produto moderno e que, com certeza, trará muita tranquilidade para quem optar por esse sistema. Claro que a segurança é um dos pontos mais importantes, mas junto com ela, temos outros benefícios”, explica o empresário Lesley Vasconcelos, da Vigiacre.

Quem desejar conhecer melhor o sistema de monitoramento e rastreamento de veículos, além dos outros sistemas de segurança oferecidos pela Vigiacre pode entrar em contato pelo telefone 3227-6507.

Benefícios
Aumento da produtividade
Aumento da vida útil dos veículos
Diminuição de custos de manutenção de frota
Diminuição do consumo de combustível
Diminuição de acidentes
Monitoramento e rastreamento em tempo real via internet
Envio de alertas por e-mail
Criação de áreas restritas e pontos de interesse
Criação de rotas através de roteirizador
Criação de áreas de velocidade restrita
Alerta de Manutenção
Relatórios operacionais
Relatórios gerenciais


Cidade do Povo: sonho e realização
Márcia Regina*
Sou mãe, esposa e dona de casa como tantas outras mulheres que combinam as suas atividades profissionais com as responsabilidades domésticas.

 

Sei o valor de um lar. Entendo que o sonho da casa própria é o sonho de todo ser humano que luta para ter uma moradia e um porto seguro para abrigar e conviver com a família.

Esse é um sonho que ganhou mais força a partir do governo de Getúlio Vargas, pelo idos da década de 1930, período em que o processo de urbanização das cidades passou a ser transformado ante ao abandono do modelo de cortiços ou moradias aglomeradas para defender a necessidade de habitações individuais cujo significado de  integridade da família, de segurança, da proteção a moral e os bons costumes estariam melhor protegidos.

Pensada pelo governador Tião Viana, a Cidade do Povo vem sendo a pauta nas últimas semanas. Falou-se de sonho, casa própria, mix de renda, emprego, aquecimento, economia, entre outros.

Tenho a plena convicção de que a Cidade do Povo é muito mais que uma obra capaz de gerar 15 mil empregos diretos, erguer mais de 10 mil unidades habitacionais, com saneamento integrado, unidades de saúde, escolas, creches, escola de gastronomia e hospitalidade, unidades de segurança pública, complexo de órgãos públicos e o centro de monitoramento das mudanças climáticas com sala de situação. É o que chamamos de política pública, conforme preceitua nossa Constituição.

Realizar é por em prática; tornar real e efetivo;  realizar uma façanha. A Cidade do Povo é, de fato, uma grande façanha.

Afirmo que é façanha  porque torna real e efetivo o planejamento urbano, no qual se pensa e planeja a organização e ocupação do espaço a partir de três dimensões: social, ambiental e econômica.

Aos mais céticos, que só enxergam problemas ou as dificuldades, vale ressaltar o grande impacto na vida de dezenas de milhares de pessoas a serem beneficiadas pelo fortalecimento humano e econômico resultante desse grande impacto na vida coletiva.

Impacto este traduzido na dignidade que cada individuo terá,  passando a ser visto, percebido e integrado a um modo de vida ordenado e de melhor qualidade de vida e bem-estar. Terão assegurado a cidadania plena.   

Essas pessoas serão agentes de um novo tempo. De um século no qual outras serão suas prioridades diante das  necessidades básicas preenchidas.

É preciso lembrar outros detalhes num momento em que nos preparamos para fazer a grande mudança econômica e social.

São mudanças que nos farão sair da zona de conforto quanto  a máxima do  governo ser o empregador maior.  A movimentação na economia irá transferir ao setor privado a necessidade de aprimorar  atua-ção e tornar mais eficiente e efetivo o seu negócio para uma sobrevivência além da obra.

Com a iniciativa privada e a sociedade amparada, caberá aos serviços públicos a responsabilidade de acompanhar o planejamento urbano e ter ações mais voltadas a compatibilizar o território, as pessoas, os recursos.

A geração que crescerá e nascerá na Cidade do Povo sonhará novos avanços e buscará vencer os desafios de um tempo tecnológico, competitivo e inovador.  

A alteridade do acreano se renova nesse projeto porque essa cidade permite integrar a modernidade e inovação, ao trazer serviços que despertam o jeito de receber como ensino técnico-profissional; culinária regional; conhecimento ambiental e sustentável;  cultura e  tudo a disposição e usufruto dos que ali residirem.

Perceber essa dimensão na proposta da Cidade do Povo, por enquanto, ainda é difícil, mas sentimos, vimos e percebemos a melhora na nossa vida desde a  construção dos parques; da revitalização da gameleira; das escolas padronizadas; do surgimento de um comércio cada vez mais pujante.

É esse o significado de política pública: a realização pelo governo das melhorias estruturais voltadas para ações e serviços que reflitam a prosperidade da vida das pessoas.  

Ao falar dos avanços não digo que está tudo pronto e acabado. É fundamental ter humildade para admitir que ainda temos grandes desafios a serem vencidos como a inclusão social de mais acreanos.  

Todavia, reconhecemos o quanto somos felizes em ver variadas  ações de governo em parceria com a sociedade organizada voltadas a geração de renda com envolvimento em toda a cadeia produtiva.

Realizar é tornar efetivo, e somente se torna efetivo, o que se sonha.  Sonhar é ter um ideal, buscar um objetivo, superar os desafios. E o Acre, na última década, tem tido a superação como uma marca tão forte que nós já estamos nos acostumando a cada vez mais termos grandes feitos realizados.

Construímos parques urbanos, fizemos o Zoneamento Ecológico-Econômico, estamos integrados pela BR 364, fizemos investimentos na valorização do servidor público, aumentamos o PIB acima da média do Brasil e estados da Amazônia e garantimos o atendimento a custo zero e com profissionais e estrutura de ponta as grandes demandas de saúde.

Somos sabedores que continuamos com a obrigação de fazer mais e melhor. Isso  nos orgulha, haja vista vez que muitos falam de política pública para habitação popular, muitos falam de planejamento urbano e  muitos falam de cidades sustentáveis.

Como cidadã, só posso afirma que Cidade do Povo não é apena um sonho. É  realização. Sinto orgulho de está vivendo e contribuindo nesse tempo.

* Márcia Regina é chefe do Gabinete Civil do Governo do Acre.


Reforma urbana na cidade de Rio Branco (AC) – Residencial Cidade do Povo: o “deslocamento” forçado e a “despossessão” de bens materiais e simbólicos da população de baixa renda
*Maria de Jesus Morais
Falar de reforma urbana na cidade de Rio Branco, tendo como exemplo o Residencial Cidade do Povo, significa falar de deslocamento e despossessão, termos que estão relacionados à produção do espaço urbano no que diz respeito a absorção do capital por meio da “reabilitação “urbana”. Ambos os termos estão relacionados às reformas urbanas e à retirada da população de baixa renda de áreas valorizadas e/ou em valorização pelo capital imobiliário. Despossessão também está relacionada ao processo de ‘perda de direitos’ da população que habita as periferias pobres das cidades. O que significa dizer que esta população está sendo “despossuída dos espaços que ocupavam havia muito tempo”.

 

Este processo de deslocamento e de despossessão é acompanhado pela construção de um “patriotismo da cidade”. Este é um valor construído e reforçado que permite ao poder político e ao conjunto dos citadinos assumirem com orgulho seu passado, seu presente e seu futuro. Isso significa envolver simbolicamente os citadinos com o ‘projeto de cidade’, seja pela força física, seja discursivamente ressaltando a importância do empreendimento.

Em Rio Branco, desde que começaram as obras de requalificação, há também uma produção discursiva, nos meios de comunicação e espaços de debates, a cerca da vulnerabilidade da população de baixa renda que vive, principalmente, às margens de rios e igarapés. Estas áreas são apresentadas como onerosas ao serviço público que não tem condições de investir nestes locais dadas as perdas materiais a cada enchente e são apresentadas também como áreas em que mais se degrada o meio ambiente. Esta questão é extremamente contraditória, pois a população é retirada, mas o rio ou o igarapé não é despoluído, no máximo, é canalizado e construído em seu entorno parques e jardins.

Na atualidade, dentre as intervenções de reforma urbana em Rio Branco, destacamos às obras de “urbanização” das margens do Rio Acre e do Igarapé São Francisco. Nesse sentido, o Residencial Cidade do Povo está sendo construído para abrigar também a população de áreas de risco que será removida das margens dos cursos d’água.

O Residencial faz parte do PAC2 e enquadra-se dentro do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O mesmo será construído, na perspectiva dos donos da cidade ou no sentido da criação de um consenso em torno do projeto de cidade, com o objetivo de sanar o déficit habitacional da cidade de Rio Branco, que segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana é da ordem de 46.048 unidades e, com objetivos de resolver a questão da população que vive em áreas de risco. O mesmo objetiva, até o ano de 2014 remover a população que anualmente é atingida direta ou indiretamente com as cheias do Rio Acre e igarapé São Francisco e sanar o déficit habitacional (EIA-RIMA, 2012).

O Residencial será construído a 30 Km de distância do Centro da cidade de Rio Branco, na zona de expansão urbana. Isto significa que irá valorizar o solo urbano neste entorno e consequente novo processo de “expulsão” da população pobre, pois, como sempre acontece, à medida que o poder público dota uma zona qualquer da cidade de um serviço público, ele desvia para esta zona demandas de empresas e moradores que anteriormente, devido à falta de serviços, davam preferência a outras localizações. Sem contar que esta questão da distância onera a renda destas famílias que terão que pagar ônibus para se deslocar para a cidade de Rio Branco.

Mesmo tendo vazios urbanos na malha urbana de Rio Branco, a área escolhida foi a esta distância, prática esta comum nas cidades brasileiras. A expansão descontínua da mancha urbana aumenta as distâncias, encarece os investimentos para a implantação de serviços públicos, eleva os custos de operação e de manutenção e reduz o aproveitamento per capita dos equipamentos existentes. O que nos cabe perguntar é de quem são estas terras? E por que elas foram escolhidas?

As obras do Residencial estão em fase inicial, e parte dos seus futuros moradores está vivendo no aluguel social ou nos bairros de origem, conformados ou brigando para não serem “despossuídos” de seus locais de moradia, como é o caso de parte dos moradores do bairro 6 de Agosto.

Outra questão diz respeito à falta de informação para os moradores, que não sabem o que vai acontecer com o local que vivem e criaram seus filhos, como foi explicitado em matéria do blog “Insurgente coletivo”: “corre pela cidade uma conversa de que é intenção do governo construir uma mini-cidade aqui perto. Há quem fale em condomínios a serem construídos por empresas vindas de fora, parece que de São Paulo. Com a infra-estrtutura, a área ficou valorizada e, tiradas essas famílias daqui, criando um parque de proteção ambiental… Hummmm… Tudo parece se encaixar… Basta olhar os prédios que vêm sendo construídos na Capital, os efeitos da construção de infra-estrtura e da criação de áreas de preservação ambiental, a ‘limpeza de terreno’.

Considerações:
O projeto de cidade do governo do PT está relacionado à dita modernização urbana. O Estado, nesta perspectiva, atua criando as condições necessárias para a reprodução do capital, tornando a cidade mais aprazível aos olhos do capital especulativo. E, para isso, se faz necessário erradicar ou esconder os denominados “aglomerados subnormais”. Aglomerados daqueles sujeitos que não têm condições de pagar pela casa-cidade e que vivem nos “arremedos de cidades, nas extensas e sujas periferias ou nas áreas centrais ditas deterioradas”. Neste caso, a cidade representa para o capital a “fonte de lucro” e, para “os trabalhadores, uma forma de existência”.

Diante do exposto, podemos afirmar que Rio Branco vem passando por transformações de impactos de âmbito espacial e social. Em detrimento do projeto de cidade, a mesma tem tido os seus espaços e usos reestruturados. A “urbanização” das margens de rios e igarapés está sendo transformada e ganhando uma nova paisagem.

As populações que antes habitavam ou habitam as margens de rios e igarapés estão sendo deslocadas para áreas mais longínquas. Trata-se de uma expulsão sutil das populações pobres ao mesmo tempo em que estas áreas estão sendo valorizadas para o capital especulativo. Neste caso, a produção do espaço urbano empreendida pelo poder público e pelos agentes imobiliá-rios e fundiários passa a atender preferencialmente aos capitais privados.

*Maria de Jesus Morais é doutora em Geografia pela Universidade Federal Fluminense.


Rio Branco pode ser primeira capital a regularizar regime previdenciário
ITAAN ARRUDA
A criação de um regime próprio de previdência é uma obrigação legal. Mas, Rio Branco sai na frente de outras capitais. Há dois meses e meio, o diretor-presidente da RBPrev, Márcio Oliveira, enviou para o sistema de gestão previdenciária as informações sobre os seis mil funcio-nários da prefeitura.
RBPrev, procuradoria do município e sindicalistas discutem projeto de lei
Essa dianteira pode fazer diferença para evitar um rombo de R$ 176 milhões previsto para 2040, caso não seja realizada nenhuma ação estruturante agora. As informações da base cadastral é ferramenta estratégica para agilizar o processo.

 

Somado ao fato de que são poucos funcionários, comparados a outras capitais, é possível que Rio Branco apresente solução antes que todas as demais. “Nós precisamos agir tapando os buracos de forma sustentável”, afirmou o diretor Márcio Oliveira.

Na terça-feira, os vereadores apreciam o projeto de lei que o prefeito Marcus Alexandre enviou que trata da amortização do déficit técnico atuarial do regime próprio de previdência social dos servidores da prefeitura.

A expressão é complicada, mas o significado é relativamente simples. O prefeito Marcus Alexandre mandou para a Câmara uma ideia que pretende executar. E que ideia é essa? Ele criou uma série de regras para “amortizar”: no popular, “ir descontando”; “ir diminuindo a dívida” que a prefeitura tem em relação à previdência dos seus funcionários.

Na gestão de Angelim, começou-se a se preocupar de forma sistemática sobre o assunto. Desde então, se depositam R$ 200 mil como aporte financeiro (como uma poupança) para garantir a aposentadoria dos servidores. Caso contrário, não haverá dinheiro para pagá-los no futuro. Em síntese, é isso.

E o que vai se votar na terça-feira na Câmara é esse conjunto de normas, fundamentadas em lei. “Nós não podemos resolver isso em 2040”, afirma o presidente Oliveira. “Nós temos que dizer para o ministério e para o servidor como é que nós vamos amortizar esse déficit lá na frente”.

O RBPrev alerta, no entanto, que a lei que trata do plano de amortização tem que ser modificada ano a ano. Devido à avaliação atuarial. Traduzindo: se não houver nenhuma atualização cadastral, os descontos nos salá-rios dos servidores terá aumento gradual chegando em 2024 a 18,82% do salário. Mas, a esperança de que essa “mordida” do RBPrev (ver tabela) diminua com o tempo está basicamente em três pontos: na atualização cadastral feita em parceria com o sistema de gestão previdenciária (Sisprev), na compensação previdenciária e no aquecimento da economia regional (que pode permitir à prefeitura aumentar o aporte financeiro da RBPrev (“poupança”).

Presidente acredita em novo consenso
O presidente da Câmara de Vereadores, Roger Corrêa (PSB), avalia que haverá novo consenso, lembrando votação polêmica em torno da questão do preço da passagem de ônibus. “A prefeitura tem sido transparente em relação à realidade das condições financeiras da previdência do município e isso vai fazer diferença”, afirmou.
A Câmara de Vereadores de Rio Branco, que também entra na contabilidade do RBPrev, possui atualmente 54 funcionários. Desse grupo, 19 devem se aposentar nos próximos cinco anos. Destes, 4 são aposentadorias compulsórias.

ANO     ……………..CUSTO EM %

2013    …………………….0
2014    ………………..1,71%
2015    ………………..3,43%
2016    ………………..5,13%
2017    ………………..6,84%
2018    ………………..8,55%
2019    ………………..10,26%
2020    ………………..11,97%
2021    ………………..13,69%
2022    ………………..15,40%
2023    ………………..17,11%
2024-2047    …………18,82%


Peixe da Amazônia: unindo pequenos e grandes piscicultores
JAQUELINE TELES*
“Esse é o maior ato de transferência de renda do século para os mais pobres”. A frase do deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB), resume a importância do projeto de lei aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa, esta semana, que torna pequenos piscicultores sócios do maior empreendimento de piscicultura do Acre.
Magalhães apresenta mudança aos parlamentares
Com o projeto, o governo transfere 3,8 mil ações da Agência de Negócios do Acre (Anac), no Complexo Indus-trial de Piscicultura para a Central de Cooperativas dos Piscicultores do Acre (Acrepeixe).
Isso significa que cerca de 2.500 famílias de pequenos piscicultores de todo o Acre, sócios da Acrepeixe, se tornam também proprietários da Peixes da Amazônia S/A, empresa que administra o Complexo de Piscicultura.

“A doação dessas ações à Central de Cooperativas cumpre o grande objetivo do nosso projeto, que é assegurar a inclusão social e a distribuição de renda para esses piscicultores. Agora, eles deixam de ser ‘engordadores’ de peixes para se tornarem donos de um pedaço de cada investimento que está sendo realizado dentro daquele Complexo”, explicou Edvaldo Magalhães, secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens).

Na última quinta-feira, Magalhães acompanhou os 150 piscicultores que foram à Aleac conferir a votação do projeto, que autorizou a doação das ações.
O que muda para os piscicultores sócios da Acrepeixe?

Antes, os sócios da Acrepeixe participavam dos negócios do Complexo da Piscicultura como meros ‘engordadores’ de peixes.  Também tinham a vantagem de comprar alevinos e ração de qualidade a um preço mais competitivo e ao final a garantia da venda do seu pescado para o frigorífico do Complexo.

Agora, além dessas vantagens, eles se tornam também donos do empreendimento, com direito a participação nos lucros e uma cadeira no Conselho Administrativo da Peixes da Amazônia.

O piscicultor Sansão Nogueira, presidente da Acrepeixe, agradeceu a aprovação do projeto pela Aleac e à iniciativa do secretario Edvaldo Magalhães e do governador Tião Viana. “Nós só temos que agradecer e deixar aqui nosso comprometimento e engajamento para tornar nosso Estado um dos maiores produtores de peixe do Brasil e do mundo”, comemorou.

A Acrepeixe reúne 2.500 famílias produtoras divididas em oito cooperativas de piscicultores. Segundo Sansão, os produtores trabalham com a expectativa de dobrar a produção para 10 toneladas por hectare. Atualmente, produzindo cinco toneladas por hectare, a renda gira em torno de R$ 30 mil ao ano.

À medida que for ampliando o número de produtores familiares na piscicultura, estará assegurado o acesso do benefício por estarem vinculados a Central e automaticamente à Peixes da Amazônia S/A  e seus empreendimentos.

Toda esta organização cooperativa vem recebendo o acompanhamento e assessoramento da OCB – Organizações das Cooperativas do Brasil e do SISCOOP, instituição voltada ao setor para formação e organização de cooperativas.

Como fica o quadro societário da Peixe da Amazônia?

Com a doação de ações da ANAC, da Peixe da Amazônia para a Acrepeixe, o quadro societário e as distribuições de ações ordinárias ficarão da seguinte maneira: a ANAC ficará com 2.700 ações ordinárias. Ou seja, 17,4% do capital votante; a Acrepeixes será titular de 3.800 ações ordinárias representando 24,52% do capital votante e os investidores privados serão titulares de 58,1% do capital votante. (Assessoria Sedens*)


NOTAS ECONÔMICAS

Coerência
Faltou coerência à vereadora Eliane Sinhasique (PMDB) em relação à votação que tratava da passagem de ônibus a R$ 1. A juventude manipulada nas galerias da Câmara foi eficiente. Mesmo com ressalvas, a oposição votou com o prefeito.

Conveniência
Faz tempo que povo protestando por alguma causa na rua faz tremer pernas de qualquer político com mandato. Não é fácil votar com coerência, por mais impopular que seja a medida.

Fala
A fala do vereador Raimundo Vaz (PRP) confessou o clima em relação ao problema. “Fica a sensação de incompetência do Poder [Legislativo] de cobrar as empresas”. Dos sete vereadores de oposição, Sinhasique e Vaz foram os únicos que fizeram (como dizem os nordestinos) algum mungango. Mas, foram obedientes também: votaram a favor. Para delírio da galera!

Matemática
A matemática da corte, é claro, não admite prejuízos para os cofres públicos. Ao contrário, os cortesãos avaliam como “uma sacada” do prefeito. Uma ‘promessa cumprida’. Huumm… Então, tá.

Combinado
E agora, como ficam as empresas de Rio Branco? Podem deixar de pagar ISS também?

Carbono
Só uma sugestão: o “acordo de cooperação técnica” entre o Governo do Acre, Governo do Rio de Janeiro e BNDES deve ser melhor detalhado. Trata do que mesmo, hein?

O que é?
O governo falou que vai “estimular a redução das emissões dos gases do efeito estufa” e também vai estruturar “uma rede de conhecimento em economia de baixo carbono”, além de realizar “estudos de via-bilidade para uma bolsa de ativos ambientais”. Eita pau!

Complexo
O mercado de carbono é algo difícil. Longe. Muito longe de ser compreendido e, consequentemente, defendido pelas comunidades extrativistas. Defender algo que não se conhece é muito comum em militância política. Mas, na vida real…

Não é
Não se está aqui fazendo críticas (muito em desuso ultimamente). É apenas uma sugestão para que se valorize, inclusive, a própria ação de governo.

Categories: Acre Economia
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