A castanha do Brasil cada vez mais tem fortalecido o seu valor comercial para o Acre. A maior prova disso pode ser vista no levantamento divulgado nesta semana pelo Boletim de Preços Agropecuários e Florestais, elaborado em uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Acre e a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Faeac).
O estudo mostra que o período de safra de 2012/2013 da castanha-do-brasil com casca já superou em mais de 3 vezes (202%) a safra passada: 2011/2012. Já sobre o volume de vendas do referido produto para o mercado internacional, as exportações tiveram uma alta também quase 3 vezes maior do que no período de safra ante-rior, com uma alta percentual de 180%. Ao todo, o Acre exportou 3,1 mil toneladas de castanha com casca. Os 2 compradores no exterior do produto foram as indústrias da Bolívia (responsável por 67% deste volume) e do Peru (33%).
Em relação aos preços cobrados fora do país, a lata da castanha com casca acreana custa, em média, R$ 15,89, o que representa uma alta de 82% no seu valor desde que começou esta safra atual (em dezembro). Com tal preço, a cadeia produtiva da castanha acreana já arrecadou, desde o final de 2012 até fevereiro deste ano, mais de R$ 4,1 milhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic/Aliceweb).
Já na chamada castanha-do-brasil beneficiada, ou ‘sem casca’, o Acre cobrou a lata do produto ao preço médio de R$ 15,95 por quilo, o que rendeu ao setor produtivo local, durante 2012 inteiro, um montante de mais de R$ 18 milhões, 27% a mais do que no ano anterior.
O Acre só perde em produção da castanha-do-brasil com casca para o Amazonas. Em 2011, segundo um relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Amazonas produziu 14,6 mil toneladas de castanha, enquanto o Acre produziu um pouco menos: 14 mil toneladas. (Com informações do Portal Agrolink e da Assessoria Embrapa Acre)