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Comerciantes da cidade de Boca do Acre se desesperam com alta abusiva de impostos

Os comerciantes de Boca do Acre, no Amazonas, estão em polvorosa e extremamente assustados com o aumento exacerbado de alguns produtos da cesta básica que o consumidor costuma, mensalmente, levar para casa na hora das compras.

Os comerciantes pedem a revogação da lei que eleva a alíquota do ICMS incidente sobre produtos alimentícios. Caso contrário, eles temem ter que fechar as portas de seus estabelecimentos comerciais por não conseguirem a adimplência.

Os produtos supracitados são só alguns de inúmeros que sofreram reajuste. Os comerciantes entendem que os impostos devem ser justos, mas, ao onerar o bolso pagando receitas altíssimas, fica difícil continuar com o quadro de funcionários intacto. O desemprego e a desaceleração das vendas ocorrem por consequências dos altos reajustes dos impostos.

O município é um dos que mais arrecadam para o Estado e, por ser divisa com o Acre e distante 1.028 km da capital Manaus, onde se localiza a Zona Franca, dificulta o acesso às compras por atacado, bem como os produtos ficam encarecidos por conta do difícil trajeto e acesso. Muitos comerciantes recorrem a outros estados para fazerem suas compras.

Alívio: Presidente desonera cesta básica  – A presidenta Dilma Rousseff, em seu pronunciamento no dia 8 de março, disse que zerará a incidência do PIS, Pasep, da Cofins e de IPI em 16 itens de higiene e alimentação. A desoneração de produtos da cesta básica, que entrou em vigor no dia 8, possibilitará a diminuição dos preços destes itens. De acordo com o Dieese, os preços da cesta básica tiveram reajustes em 15 das 18 capitais.

Com a medida anunciada, o governo abrirá mão de R$ 7,3 bilhões em impostos ao ano, dos quais R$ 6,8 bilhões relativos a PIS/Cofins e R$ 572 milhões ao IPI. A medida, que deve controlar a inflação, aquecerá a economia e diminuirá os efeitos da má distribuição de renda no país, visto que permitirá o acesso aos menos favorecidos a produtos essenciais à sobrevivência.

O representante do comércio de Boca do Acre, Raif Noronha Calacina, destaca as consequências do aumento do ICMS. (Nilda Marks )

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