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Criação de abelhas sem ferrão conquista produtores acreanos

MellllllllllEle tem cinco vezes mais propriedades antibióticas, além de características diferenciadas que são apreciadas também pela indústria farmacêutica e alta gastronomia. Além disso, se for produzido na Amazônia, tem textura, sabor e aroma únicos. O mel das abelhas sem ferrão é uma das apostas dos produtores acreanos e do governo do Estado como alternativa de renda para quem mora na floresta.

A meliponicultura – criação racional de abelhas sem ferrão. Não faz pressão sobre a floresta, não exige desmatamento, ao contrário, precisa da mata preservada, não demanda despesas com manejo e tem mercado garantido, cada vez mais promissor, aliás. É nesse filão que o governo, através da Secretaria de Pequenos Negócios, tem investido.

Tião Viana decidiu investir na meliponicultura e já garantiu recursos para a área. Além de recursos próprios e de um convênio com o BNDES de R$ 480 mil, o Ministério do Desenvolvimento Social aprovou projeto acreano de R$ 1,1 milhão que vai garantir a distribuição de 14 mil caixas – as “colmeias” que as abelhas usam para se reproduzir. As caixas são produzidas pelos marceneiros acreanos, aquecendo também este setor.

“O Acre se prepara para um grande debate sobre economia verde com essa atividade am-bientalmente correta, que inclui socialmente as pessoas e de fácil processo. É uma renda extra na propriedade, que a esposa pode cuidar enquanto o marido toma conta de outras atividades. O produto é escasso no mercado, mas, ao mesmo tempo, tem caído nas graças da alta gastronomia, da indústria de cosmético, da farmacêutica. Ou seja, a demanda está crescendo demais, o produto é muito valorizado e não é encontrado em escala. O Acre entra na meliponicultura aproveitando este momento”, disse o secretário de Pequenos Negócios, José Reis.

O responsável técnico pelo programa de meliponicultura no Acre, Engelberto Flach, explica que a meta deste ano é treinar 120 produtores em cada município, atingindo 800 produtores até dezembro somente na região do Juruá, que demonstra maior vocação para a cultura. Ele explica que ainda não se tem dados mais concretos, mas estima-se que cada produtor com dez caixas terá uma renda anual entre R$ 2,5 e R$ 4 mil, em valores de hoje. Cada caixa, dependendo da espécie, pode produzir entre 3 e 10 quilos de mel por ano. As técnicas adequadas de manejo e o clima também influenciam na produção. (Agência Acre)

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