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Diretores do Hospital do Câncer vão à Comissão de Saúde da Assembleia

 DSC0241A Comissão de Saúde da Aleac recebeu na manhã de ontem, 20, uma equipe de governo que trabalha diretamente no Hospital do Câncer, em Rio Branco. Eles vieram explicar aos parlamentares as condições atuais da unidade de saúde. O fato se deu após denúncias do deputado Chagas Romão (PMDB) de que estava faltando medicamentos para o tratamento oncológico.

A equipe de governo estava composta pela diretora geral do Hospital do Câncer, Mírian Késia, acompanhada do médico Dr. Amsterdam Sandres e do médico oncologista Dr. Antônio Vendette.

A diretora-geral, Mírian Késia, disse que na unidade não está faltando o medicamento morfina, e explicou que existe sim a ausência de morfina em comprimidos, porém o hospital dispõe de morfina injetável, descartando a possibilidade da ausência de medicamentos na farmácia da unidade.

Ela explicou, também, que a falta de morfina em comprimidos se deu pelo fato de que os fornecedores não querem praticar o preço tabelado pelo Ministério da Saúde e desse modo a administração pública fica impossibilitada de fazer qualquer aquisição sem priorizar o que está estabelecido pelo MS.

“O que temos é uma dificuldade dos fornecedores praticarem os preços de tabela do Ministério da Saúde e isso faz com haja essa falta de medicamentos nas unidades do país. Estamos aguardando uma negociação entre o poder público e os fornecedores. Enquanto isso o Inca vai nos fornecendo os medicamentos necessários”, frisou a diretora-geral.
Quanto à falha no equipamento de radioterapia, os gestores explicaram aos deputados que uma equipe da Argentina, já está a caminho do Acre para solucionar nos próximos 20 dias o problema.

Questionados pelos parlamentares respeito ao tratamento dos pacientes, foi informado que, os 41 pacientes que estão submetidos ao tratamento de radioterapia na unidade foram encaminhados ao TFD, após uma triagem realizada pela equipe médica da unidade oncológica.

Outro fator apresentado pela equipe de governo foi a greve na Anvisa, o que, segundo Dr. Amsterdam Sandres, causou a demora na fiscalização de alguns medicamentos que são exclusivos no combate ao câncer, sendo que a maio-ria é produzida fora do país.

“A greve da Anvisa, por exemplo, são eventos que estão fora da nossa governabilidade. A greve na agência atrasou a fabricação desses medicamentos e a sua entrada no país, isso foge ao nosso controle, mas tudo aquilo que pôde ser feito foi realizado”, frisou Sandres.

A diretora-geral informou, ainda, que uma 2ª máquina de radioterapia está sendo licitada para que o hospital possa suprir essa necessidade. Atualmente são atendidos lá mais de 600 pacientes. A taxa de mortalidade de pacientes portadores da doença é a mais baixa do país, com 13% apenas.

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