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Jato ‘sobra’ na pista de Porto Velho e incidente cancela 15 voos

voos canceladosUma aeronave Boeing 727-200, da empresa de cargas Rio Linhas Aéreas, derrapou na pista de pouso do Aeroporto Internacional Jorge Teixeira, de Porto Velho, por volta das 9h de ontem, causando a interdição do aeroporto e o cancelamento de pelo menos 15 voos para a capital de Rondônia (localizada a 640 Km de Rio Branco).

A aeronave cargueira, com 3 tripulantes a bordo, teria decolado de Cuiabá com destino a Porto Velho e transportava correspondências e objetos dos Correios. Na aterrissagem ‘sobrou’ na pista, indo parar fora dela.

Em Rio Branco, voos regionais e de grandes empresas aéreas, que partiriam à tarde para Manaus e Belém com escalas em Porto Velho também tiveram que cancelar a rota. Segundo a Infraero em Rondônia, a previsão era a de que o aeroporto fosse reaberto ainda no início da noite.

Um problema nos ‘reversos’ é apontado como causa do incidente com a aeronave, segundo informam fontes consultadas por A GAZETA.

Funcionários do aeroporto Jorge Teixeira relataram que o equipamento – que serve como freio aerodinâmico e é usado como complemento ao freio do trem de pouso, acionado sempre nas aterrissagens – não teria funcionado nesta aeronave.

“Para quem viaja muito, são aquelas ‘conchas’ que vemos que se abrem logo atrás das turbinas, quando a aeronave toca o solo”, relata À GAZETA o mecânico aposentado de jatos Fernando Silva, em Rio Branco.

Ontem, com o Boeing da Rio, tudo indica que elas não funcionaram, segundo relataram testemunhas, o que levou a aeronave anão perder velocidade e traspassar o ponto de freada.

Técnicos do Centro de Investigação a Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa, estiveram no local. A interdição da pista, ainda segundo a Infraero, foi em decorrência do trabalho de remoção da carga e da retirada da própria aeronave.

No Brasil, à exceção de poucas companhias de voos charters (que fazem voos fretados) grandes empresas não usam mais o Boeing 727.

No entanto, a aeronave ainda é uma das preferidas das empresas de cargas, como a Rio, no país. Acreanos costumam embarcar nesse tipo de aeronave, sempre que vão para o interior da Bolívia, por meio de Cobija, na fronteira com a cidade de Brasileia (a 240 Km de Rio Branco).

Em certas áreas dos Estados Unidos e da Europa, o forte ruído, aliado à tecnologia obsoleta em relação aos aviões de última geração, causam inclusive restrições para sobrevoo dessas aeronaves em áreas habitadas.

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