Se 2012 foi um ‘ano caro’ para a Construção Civil acreana, então este ano começou mais dispendioso ainda. De acordo com o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), divulgado na manhã de ontem, dia 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o metro quadrado (m²) do Estado sofreu uma alta de 0,48% no mês, isto é, ficou R$ 4,58 mais caro. Pode até não parecer muito. Só que, com este encarecimento, o m² local disparou para 954,12. É a 1ª vez que fica acima de R$ 950.
Esta inflação inferior a 0,5% também fez o Acre se manter – e absoluto – na 2ª posição do ranking dos m² mais caros dos estados brasileiros. O Acre assumiu este lugar – nada comemorado pelo acreano – desde agosto do ano passado, quando registrou uma elevação mensal fora do comum de 4,67%. Daí pra frente, o Acre tomou a 2ª colocação de São Paulo e – o pior – não devolveu mais. Na liderança do pódio, à frente do m² acreano, está o do Rio de Janeiro, que encareceu 0,58% entre janeiro e fevereiro e saltou para R$ 974,74.
Depois dos cariocas e dos acreanos, a lista dos m² mais caros segue com Roraima (que subiu 0,2% no mês e fechou fevereiro com R$ 943,51); São Paulo (R$ 924,12); e o vizinho Rondônia (R$ 918,27). Em contrapartida, os 5 estados que fecharam o mês passado com os menores valores foram: Rio Grande do Norte (R$ 766,61); Espírito Santo (R$ 772,99); Sergipe (R$ 776, 16); Piauí (R$ 779,64); e Pernambuco (R$ 788,81).
Da Região Norte, o Acre mantém sue posto de metro quadrado mais caro. Com efeito, o m² daqui leva uma superioridade de R$ 10,61 (1,12%) sobre o 2º mais caro da região, que é Roraima. Uma diferença que infelizmente para os acreanos só cresce, lembrando que Roraima, em anos anteriores, sempre ficava na dianteira em termos de custo do m² local.
Em comparação com a média da Região Norte (R$ 879,31), o m² do Acre leva vantagem de 8,508% no seu preço, o que representa uma diferença de R$ 74,81. Já sobre a média nacional (R$ 863,46) de fevereiro, o metro quadrado local conta com uma taxa de frente de 10,499% no seu preço, o que equivale a R$ 90,66 a mais.
Vale destacar que, para fazer o cálculo da Sinapi, o IBGE e a Caixa Econômica levam em conta todos os tipos de materiais de construções (madeira, madeira de correr, tijolos, cimento, areia e brita, etc), além de fatores do mercado (salários da mão de obra). No caso do Acre (e da Região Norte, em geral), houve um encarecimento no m² devido à inflação dos insumos de materiais para o setor, decorrente do chamado ‘inverno amazônico’ (leia-se: chuvas mais frequentes e mais fortes).