Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Padre Mássimo Lombardi elogia a humildade do novo papa, Francisco I

O argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi escolhido no último dia 13 como o novo Papa, após a renúncia de Bento XVI. A decisão surpreendeu, pois ele não aparecia nas últimas listas de favoritos. O agora Papa Francisco nasceu em Buenos Aires no dia 17 de dezembro de 1936. Arcebispo de Buenos Aires, o Papa Francisco tem um grande prestígio entre seus seguidores, por conta da grande humildade e seu estilo de vida sem ostentação.
Padre Massimo - F
Para o padre Massimo Lombardi, reitor da Catedral e coordenador da Pastoral  Diocesana  em Rio Branco, a escolha de Jorge Mario foi a correta. “Nós acolhemos com entusiasmo e com emoção a escolha do Papa Francisco. Antes de tudo, ele é latino-americano. Achávamos urgente um Papa que pudesse ser escolhido aqui, entre Brasil, Argentina e Chile. Quando ouvimos a mensagem e a escolha do nome, ficamos emocionados”.

Acredita-se que o novo Papa será mais popular, destacou o padre. “Ele se apresentou de uma maneira muito diferente e simples. Ele é um Papa muito humano, ele vai querer ficar perto do povo. As pessoas os sentiram muito perto. Ele já se manifestou, mostrando que quer ser presente. Vai valorizar muito a experiência da igreja católica, que tem uma grande história e será bem inserido em todos os lugares pela sua atuação”.

O Papa Francisco mostrou sinais de humildade no seu primeiro pronunciamento, ressaltou Massimo. “No primeiro pronunciamento feito aos cardeiais, o Papa Francisco destacou vários pontos interessantes. Ele deixou o esquema de reflexão escrita, elaborada e oficial. Quis falar com o coração, aquilo que acredita e vive. Falou com espontaneidade e firmeza, dando o próprio testemunho. O Papa Francisco irá fazer uma grande revolução na igreja, colocando um estilo diferente através de suas palavras”.

O anúncio do argentino como o novo Papa causou uma polêmica em relação ao papel que teria exercido durante a última ditadura em seu país, onde ele esconderia um “passado obscuro”. Massimo acredita que Mario Jorge nunca se comprometeu na ditadura e que sua história é limpa. “A Cristina Kirchner tentou no passado, procurar motivos para acusá-lo, mas não conseguiu. Ninguém vai encontrar algum motivo para desmoralizá-lo, como o governo argentino tem interesse. O Papa era um opositor ao regime argentino, mas em nome do evangelho e não de uma ideologia. Pelo evangelho, dizia que a quantidade de pobres estava aumentando cada vez mais por causa da corrupção do governo. Essa era uma realidade que ele percebia”.

Padre Massimo enfatizou que o Papa Francisco segue a posição tradicional da igreje e que irá trazer novidades. “O Papa tem uma posição moral tradicional da igreja. Os valores que a igreja sempre pregou, ele defende. Defende a família tradicional, é contra o aborto, casamento gay e outras coisas. Sei que vão surgir movimentos contra, mas ele é bem decidido. Por enquanto os comentários são positivos, muitos estão se manifestando a favor. A igreja terá um impulso muito grande com ele, que virá com ideias novas”. 

Sair da versão mobile