O governo anunciou este mês que não vai mais cobrar impostos federais sobre os produtos da cesta básica e de três itens de higiene pessoal. Apesar da redução já ter entrado em vigor no dia 9 de março, o consumidor acreano ainda não sentiu no bolso a diferença. A expectativa é que a partir da semana que vem (segunda quinzena de março) a diferença seja detectada na maioria dos produtos.
O diretor de marketing do Grupo Araújo, Adem Araújo, que representa a Asssociação de Comércio do Acre, explica que a queda do preço depende da reposição dos produtos nas prateleiras.
Ele comenta que os produtos que têm reposição diária ou semanal, como por exemplo a carne, já estão sofrendo mudanças. “Alguns supermercados já reduziram o preço de produtos e começamos pela carne. Por que a carne? Porque é uma reposição semanal e com isso, já receberam a redução do frigorífico”, afirma Araújo.
A funcionária pública Maria Dalva saiu de casa na intenção de economizar, mas ficou decepcionada com os preços nas prateleiras. “Nenhuma mudança, se caiu ninguém viu”, comentou ela.
Carnes, ovos, café, óleo, manteiga, açúcar e papel higiênico vão deixar de pagar 9,25% de Programa de Interação Social (PIS) e contribuição para o Financiamento de Seguridade Social (Cofins); pasta de dente e sabonete, 12,5%. A maioria desses produtos já não paga o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Adem alerta que nem sempre a redução chegará ao valor anunciado. “Porque o imposto é cobrado na margens dos supermercados. Mas quando o fornecedor reduz, o supermercado vai receber pelo preço mais baixo, não vai representar os mesmo 9,25%, mas a diferença vai ser significativa”, comentou ele usando como exemplo a carne.
Para ele, o consumidor vai sentir a diferença nas compras em breve. “O consumidor vai perceber a diferença a partir da semana que vem, e comparando o preço que ele pagava com os mesmos itens, com o que ele vai pagar agora”, afirmou o diretor de marketing. (Veriana Ribeiro , do G1/AC)