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Polícia Civil prende “maníaco do Parque” que foi reconhecido por sete vítimas

“Mecânico e casado, acusado de estupros em serie registra em fotos o próprio ato criminoso”

 Para os colegas de trabalho e parentes do mecânico Nailton Ferreira de Queiroz (32) foi uma surpresa vê-lo sair do local de trabalho algemado acusado de estupro em série.  Para sete mulheres, vítimas de violência sexual praticada pelo mecânico, um alívio saber que a Polícia Civil conseguiu prendê-lo.

 Essa mistura de sentimentos ocorreu na manhã desta quarta-feira, 20 na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher – DEAM quando seis policiais chegaram aquela unidade de segurança trazendo algemado o homem que  há cerca de três meses vinha violentado mulheres em um terreno baldio atrás do Parque de Exposição Marechal Castelo Branco, região do 2º Distrito da cidade.

 De acordo com informações da delegada de Polícia Civil, Juliana De Angeles Carvalho, a cerca de três meses varias mulheres vítimas de estupro registraram queixa crime naquela especializada. Os crimes estariam acontecendo na região do 2º Distrito, as características do criminoso e modo como aconteciam eram os mesmos, mas os veículos usados pelo maníaco era a única diferença, até que na semana passada duas vítimas conseguiram anotar a placa do veículo, CYI 2338, a partir disso as investigações avançaram e finalmente a polícia conseguiu identificar o suspeito que já foi reconhecido formalmente por sete vítimas, embora a polícia acredite que existam outras mulheres que ainda não registraram a ocorrência.

 O acusado Nailton Ferreira de Queiroz (32) é casado e reside no bairro Santa Inês e foi preso em uma transportadora localizada na Via Chico Mendes, onde trabalha como mecânico, coincidentemente usando as mesmas vestes narradas pelas vítimas que afirmavam que o tarado usava roupas escuras, sujas de graxa e era um homem alto, forte e que usava de muita violência durante o ato sexual, além de registrar em fotos, tiradas do próprio celular, o ato criminoso.

 Segundo uma das vítimas, uma jovem de 23 anos, ela foi violentada pelo maníaco a cerca de duas semanas quando caminhava na Via Chico Mendes após sair da Escola e foi rendida pelo acusado que estaria em um veículo de cor verde.
“Era por volta de 20h e eu caminhava em direção ao bairro Santa Inês, onde moro, quando ele parou o carro na Via Chico Mendes e me fez uma pergunta que não entendi. Quando me aproximei para ouvir melhor, ele puxou os meus cabelos, abriu a porta e me arrastou para dentro do carro. Em seguida me levou até um terreno baldio onde fui violentada e permaneci o tempo inteiro com uma faca no pescoço” contou a jovem. Sem ajuda psicológica, a vítima emagreceu 6 quilos e ainda sangra devido a violência sofrida.

 Outra vítima do mecânico, uma jovem comerciária de 23 anos, disse que perdeu o emprego por que não conseguiu mais voltar ao trabalho e devido a violência sofrida a mulher foi submetida a uma cirurgia e ainda sangra, além disso em duas semanas ela perdeu 6 quilos, pois toda vez que lembra a violência sofrida senti náuseas e vômitos.
“Minha vida mudou para sempre, não consigo me alimentar, tive que passar por uma cirurgia, pois sofri lesões nas partes íntimas devido à violência sofrida e não tenho acompanhamento psicológico nenhum. Quem ainda me ajuda são os dois policiais militares que me encontraram no dia do crime, eles ligam para mim todos os dias para saber como estou. Preferia ter morrido que ter que conviver com esse pesadelo.”, afirma.

 Segundo a delegada Juliana De Angelis, todas as vítimas foram abordadas na Via Chico Mendes, em alguns casos as vítimas estavam sozinhas em ponto de ônibus e o acusado parava o veículo oferecendo corrida como lotação, todas as mulheres foram levadas para um terreno atrás do Parque de Exposições Marechal Castelo Branco. Em alguns casos o maníaco agia em plena luz do dia, pois pelo menos três ocorrências foram registradas no horário entre meio dia e uma hora da tarde.

“Supostamente era o horário do intervalo de almoço do suspeito, que em algumas ocasiões, supostamente, usava veículos de clientes, pois foi narrado pelas vítimas uma caminhonete Hilux e um veículo verde escuro, esse que a placa foi anotada por duas vítimas e cujo veículo é de propriedade do acusado” contou a autoridade policial.

 O mecânico foi reconhecido pelas sete vítimas que registraram ocorrência na DEAM e a polícia acredita que outras vítimas poderão reconhecê-lo.
“Se caso alguma outra mulher que foi vítima de estupro reconhecer o acusado, mesmo ainda não tendo registrado a ocorrência deve comparecer a DEAM e formalizar o reconhecimento. Até agora das sete que registraram o reconheceram formalmente” afirmou a delegada.

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