Os diretores da Superintendência de Transito de Rio Branco, Rbtrans, não tiveram como negar a existência de irregularidades na situação documental da frota das empresas que exploram o serviço de transporte coletivo em Rio Branco diante das provas apresentadas pela vereadora Eliane Sinhasique na sessão de terça feira (19).
A vereadora foi contundente, e apresentou na tribuna da casa, cópias de documentos de vários ônibus que circulam com documentos vencidos. No dia anterior á sessão, realizada para receber os diretores da autarquia, Sinhasique percorreu, de ônibus, várias linhas, e constatou a precariedade do serviço prestado. Mas o problema encontrado é bem mais grave.
A vereadora encontrou 8 carros que estavam nas linhas Tancredo Neves, Manoel Julião, Rui Lino e Distrito Industrial que circulavam com documentação vencida. O último licenciamento desses ônibus consta de 2010, mesmo assim, a frota circula sem problemas, em total descumprimento ao artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro.
Na mesma ação, Sinhasique encontrou 8 ônibus que estavam sem o documento obrigatório. A vereadora questionou o serviço de fiscalização da RBtrans, e quis saber se de fato existe a fiscalização nas empresas.
Ricardo Torres, superintendente da autarquia, reconheceu as falhas existentes no sistema e disse que a RBtrans realiza diariamente uma fiscalização, que segundo ele, já culminou com a apreensão de seis ônibus da empresa.
Sinhasique disse que 80% da frota, de acordo com as conversas que teve com os motoristas, encontra-se irregular. As empresas só mantem em dia os documentos dos veículos que passam por barreiras da Polícia Rodoviária Federal.
Torres garantiu ainda, que irá intensificar a fiscalização junto às empresas e se comprometeu em receber Sinhasique em seu gabinete, para expor todos os dados e estatísticas do sistema de transporte público da capital do Acre e pediu apoio para realizar um concurso público para o Rbetrans ter mais pessoas na fiscalização.
“As infrações são graves. O Detran também precisa atuar. Essas empresas desrespeitam o contrato de prestação de serviços, desrespeitam as leis, desrespeitam o povo e a administração municipal e fica por isso mesmo. Isso é um absurdo!”, desabafou a vereadora.