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Com Lula, Jorge Viana recebe no Rio o prêmio Bacurau

O senador Jorge Viana (PT) recebeu na noite de quarta-feira, 27, o Prêmio Bacurau, junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o governador do Rio, Sérgio Cabral. É o reconhecimento do trabalho contra a hanseníase e pelo fim do preconceito no país. O governador do Acre, Tião Viana, também foi agraciado, mas não pode comparecer à cerimônia, que aconteceu no Rio de Janeiro, no 14º Encontro Nacional do Morhan.

O nome do prêmio é uma homenagem ao fundador do Morhan, Francisco Viera Nunes, conhecido como Bacurau, que faleceu em 1997 em Rio Branco, onde morou a maior parte de sua vida. Da tribuna, o vice-presidente do Senado destacou ontem, 28, a figura de Bacurau, que deu início ao movimento ainda no Acre. “Ele enfrentou uma fase final de vida muito dura e difícil”, disse. “Mas, mesmo assim, era o tempo inteiro nos passando sentimento de amor, de respeito, de apreço à vida… Morreu nos dando lições”.

Além de Viana, Lula e Padilha, também a presidenta Dilma Rousseff e a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, receberam o prêmio. Dilma não pôde comparecer à cerimônia.

O senador destacou o papel desempenhado por Lula na luta contra a hanseníase e o preconceito, citando uma declaração do ex-presidente da República: “Há uma coisa sagrada que é o dia em que as pessoas vão aprender a levantar a cabeça e perceber que não é menor que ninguém nesse país. E o Morhan fez isso pelos hansenianos. E a partir disso, tudo fica mais fácil”.

Ele  comentou ainda que Tião Viana, quando senador, apresentou projeto de lei para garantir indenização na forma de pensão vitalícia aos brasileiros submetidos ao isolamento compulsório nos chamados hospitais-colônia até 1986. “Quando o projeto estava tramitando no Congresso, o presidente Lula, sensibilizado, decidiu apressar o processo e editou uma medida provisória”, observou Jorge Viana.

O parlamentar declarou que o governo brasileiro está comprometido em erradicar a doença. “A presidenta Dilma disse que tem a intenção de que até 2015 o país esteja livre da hanseníase, do ponto de vista estatístico. Quando o presidente Lula assumiu, tínhamos um hanseniano para cada grupo de 10 mil pessoas por ano. Agora está em torno de 1,3”, disse.

De acordo com a OMS, quando o número é menor que 1 é possível apontar que o país está caminhando para se livrar da doença. “O Brasil está perto disso”, destacou Jorge. “O desafio é enorme. Tem que ter busca ativa e uma ação dos 5,5 mil prefeitos e dos 27 governadores. O Acre é um exemplo de que isso é possível”. (Assessoria)

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