Após seis anos morando no Caladinho, a comunidade que surgiu de uma invasão de terras, a professora Rosângela Mota e outras 557 famílias podem celebrar o novo começo de suas histórias nesta quinta-feira, 14, ao receber das mãos do governador Tião Viana o Título de Concessão de Direito Real de Uso.
“Por muitas vezes eu ouvi das pessoas que o título entregue pelo governador Tião Viana em ano passado [em agosto] não tinha validade, que era ludibriação do governador Tião, que era uma estratégia política e hoje a gente vê que o governador honra com aquilo que ele fala. Ele não é pessoa de duas palavras. Quando ele falou que ia nos honrar com esse título, ia arrumar nosso bairro e hoje a gente vê a luz no fim do túnel, a gente acredita”, disse Rosangela Mota.
A professora participou da solenidade simbólica de entrega dos documentos que aconteceu na Casa Civil, na manhã desta quinta-feira e contou com a presença de moradores do Caladinho, prefeito Marcus Alexandre e dos deputados Élson Santiago, presidente da Aleac; Astério Moreira; Edvaldo Souza; Jamyl Asfury, Lira Morais, Walter Prado e dos vereadores Raimundo Vaz e Antônio Morais.
O governador Tião Viana afirmou que com este ato de entrega dos títulos o Governo coloca um fim ao tensionamento por dúvidas de natureza política eleitoral que Tião classifica como atos maldosos criados por pessoas mal intencionadas e que pretenderam dar a ação a de governo um tom de natureza eleitoral quando na verdade o governo.
“A ação deste governo é uma busca pela dignidade e respeito a essas famílias. Aqui esta sendo consolidado o do Iteracre [Instituto de Terra do Acre]. Agora essas famílias, pagando a taxa mínima, vão a cartório e fazem o registro do documento que foi entregue pelo Iteracre”, acrescentou o governador.
Wellington Correia da Silva mora no Caladinho há cerca de 5 anos, local onde cria seus filhos e vive com a esposa. Ele conta que enfrentou momentos difíceis logo que chegou a comunidade.
“Eu agradeço a Deus pelo governador ter nos dado esse título. Pra mim isso é uma honra. Eu não tinha onde morar, mas hoje eu agradeço a Deus porque posso dizer que tenho um título definitivo da minha casa, do meu terreno”, comemora o morador.
O diretor-presidente do Iteracre, Glenilson Figueiredo, afirmou que para os servidores do Instituto de Terras do Acre é uma felicidade ver a concretização do trabalho de sua equipe. “A comunidade terá condições de ter qualidade de vida”, completou Glenilson Figueiredo. (Agência Acre)