Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Hospital do Câncer volta ao debate na Aleac e deputados sugerem reunião

O discurso do deputado Chagas Romão (PMDB) mais uma vez pautou a sessão da Aleac, ontem, 19. O deputado de oposição voltou a fazer denúncias quanto à falta de medicamentos no Hospital do Câncer, em Rio Branco. No relato do parlamentar, pelo menos 15 itens não existem na farmácia daquela unidade oncológica.  Nessa lista estão a morfina, suplementos nutricionais e material para curativos.

“Lá é muito pior do que eu falei aqui na semana passada. Os técnicos e os médicos têm medo de falar. Não estou falando em cor partidária. Estou falando em sentimentos. Já pagaram o técnico que vem da Argentina para consertar o equipamento de radioterapia?”, questionou o deputado de oposição.

O deputado Wherles Rocha (PSDB) disse que esteve na visita, junto com o colega, ao Hospital do Câncer e constatou que na sala de emergência oncológica é inexistente a presença de monitor cardíaco. “Não tem monitor cardíaco na sala de emergência. O câncer não respeita a incompetência administrativa de alguns, o câncer mata”, afirmou o parlamentar.

O líder do governo, deputado Astério Moreira (PEN) pontuou que o problema existe, porém, as soluções estão sendo tomadas e defendeu que nas sessões da semana passada, quando surgiu a denúncia, a vinda de algum representante da Secretaria de Saúde para prestar esclarecimento sobre o fato. Quanto à carência do medicamento morfina, afirmou que recebeu a informação de que o medicamento existe na unidade.

“Fiz a proposição inclusive da vinda à Comissão de Saúde desta Casa um representante da Secretaria de Saúde para prestar esclarecimentos, numa reunião mais ampla. Quando o assunto é a falta de medicamentos, quero dizer que recebi uma informação sobre a morfina. Ela existe no hospital e não está faltando”, ressaltou Astério Moreira.

Ainda de acordo com Astério, as denúncias apresentadas por Chagas Romão devem ser tratadas de modo sereno e transparente e que o parlamentar de oposição sobre expor de maneira clara “sem fins politiqueiros, como fazem alguns parlamentares”.

“Acho que o senhor deputado, Chagas Romão, cumpre o seu papel muito bem. Não há necessidade de tratar esses fatos de maneira politiqueira, como fazem alguns aqui, quero deixar isso bem claro. Mas temos que admitir que tudo precisa de manutenção. Um carro novo quebra, um eletrodoméstico quebra. É preciso reconhecer que o Acre avançou muito na área da  Saúde.

Finalizando, o seu discurso no grande expediente, o deputado Chagas Romão reconheceu o papel da imprensa acreana na divulgação dos fatos e afirmou que ‘se não fosse a imprensa, o nosso Acre seria muito pior’.

Sair da versão mobile