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A força do Cristo ressuscitado!

A “Semana Santa” tem  a propriedade de fazer com que possamos refletir a situação da raça humana.  Entretanto, o ponto culminante dessa semana especial é a ressurreição de Cristo; já que, a ressurreição é um novo amanhecer para os cristãos do mundo inteiro. Sem a ressurreição de Jesus Cristo, o cristianismo não poderia existir. Essa ressurreição é fundamental ao cristianismo; uma vez que, se Jesus não ressuscitou dentre os mortos, então o cristianismo não passa de uma fábula. Além disso, a ressurreição de Cristo determina a natureza da “religião cristã” como sendo uma crença de vida eterna. A fé no Cristo ressurreto, leva o cristão e o cristianismo à vitória.

Assim, a força do cristão é estribada na força do Cristo ressuscitado, porquanto se Cristo estivesse ainda no túmulo, em Jerusalém, onde os milhares de pessoas que visitam Israel todos os anos pudessem passar pelo sepulcro e adorá-lo, então o cristianismo seria uma fantasia. Não foi à toa que São Paulo, o apostolo, disse: se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a vossa fé (1 Co. 15.14).

O teólogo suíço Karl Barth disse que sem a crença na ressurreição corporal de Jesus Cristo não existe salvação. “Queres acreditar no Cristo vivo? Só podemos crer nele se acreditarmos em sua ressurreição corpórea”. Ademais, as bases da fé cristã estão firmadas na sua ressurreição.   

Outra coisa que precisa ser proclamada “em alto e bom som” é o fato de Jesus Cristo não ser apenas uma influência que sobreviveu à morte, como se fosse um fantasma. Não é mito, não!  A maioria das religiões do mundo é baseada em pensamentos filosóficos, à exceção do judaísmo, budismo, islamismo e do cristianismo. Estas quatro baseiam-se em pessoas. Mas destas, somente o cristianismo declara que seu fundador ressuscitou.

Abraão, o pai do judaísmo, morreu dezenove séculos antes de Cristo. Não existe nenhuma evidência de sua ressurreição.

Buda viveu cerca de cinco séculos antes de Cristo, e ensinou alguns princípios acerca do amor fraternal. Acredita-se que ele morreu com a idade de oitenta anos. Não existem evidências de uma possível ressurreição sua.

Maomé morreu no ano 632 depois de Cristo, e seu túmulo, em Medina, é visitado por milhares de devotos peregrinos todos os anos. Contudo não há evidências de que ele haja ressuscitado.

Em um grande mausoléu da Praça Vermelha, em Moscou, jazem os restos mortais de Lênin (1870-1924), embalsamados. O caixão de cristal de seu túmulo tem sido visitado por milhões de pessoas. No esquife está a inscrição: “Para ele que foi o maior líder de todos os povos. Foi o senhor da humanidade; ele foi o salvador…”. Este tributo a Lênin está todo escrito no pretérito. Que marcante contraste com as palavras de Cristo: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25).

Muitos outros líderes que durante a vida inteira exerceram influência sobre a mente e o coração dos seus contemporâneos continuam vivendo após a morte, no sentido de que a memória do seu exemplo continua sendo uma inspiração. É este certamente o caso de Che Guevara. Ele teve um número extraordinário de seguidores. Jean Paul Sartre (1905-1980), filósofo e escritor francês, descreveu Che, certa vez, como  “o homem mais completo do seu tempo”. Em seus trinta e nove anos (antes de ser morto) Che Guevara transformou-se  numa lenda, um herói popular. Em toda sala de aula cubana as crianças cantarolavam:  “Nós seremos como Che”. E, após a sua morte, sua influência tornou-se ainda maior. Ele proporcionou aos marxistas a imagem de um santo e mártir popular. Durante anos os muros dos prédios estudantis da América Latina permaneceram pichados com as palavras: “Che está vivo”.

Contrariando essa premissa, digo que, literalmente, Che Guevara está morto!

Por outro lado, a ressurreição de Cristo não significa a mera sobrevivência de uma influência etérea e fantasmagórica, nem um cadáver ressuscitado. Não podemos pensar nele simplesmente como alguém que sobreviveu à morte, como se fosse um fantasma. O cristianismo não é, também, uma religião resgatada na experiência dos discípulos. Tampouco o Cristo ressuscitado é apenas, como alguns sugerem uma personalidade desenvolvida. Em contraste com essas teo-rias, a prova apresentada nos evangelhos é que, tanto antes como depois da ressurreição, Jesus é a mesma pessoa com a mesma identidade: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo. Verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”  (Lucas 24.39).  

Neste Cristo ressuscitado, os cristãos, podem deparar forças para evitar o mal, que permeia e devasta a terra, pode, igualmente, buscar soluções para anular as misérias humanas, bem como olhar o futuro sem interrogações. Há força neste Cristo ressuscitado!

* E-mail: assisprof@yahoo.com.br

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