Vivemos em um mundo agitado e veloz que, de tão moderno, sente necessidade de olhar para o passado, na tentativa de afinar as novidades com as tradições. E surge, então, a necessidade de se resgatar valores que possam dar o tom e aprumar o rumo da sociedade.
Solidariedade, tolerância, compaixão e generosidade são apenas alguns “detalhes” da nossa humanidade, que precisamos reencontrar.
Hoje, mais do que nunca, há aqueles que tentam manter acesos esses valores, na esperança de que a dinâmica social egocêntrica e o individualismo, que imperam, não os deixe esquecer de olhar para o próximo. Mas há também outros, que julgam os que optam por exercer a compaixão em toda sua plenitude, por desconhecer esses nobres sentimentos ou simplesmente ignorá-los.
No Acre, por exemplo, falar em solidariedade é lembrar-se de uma mobilização que já começou nobre, pois sua primeira ação emergiu em um momento crítico, em que a população de outro estado, o Rio de Janeiro, precisava de socorro.
O Acre Solidário nasceu assim. No papel são duas palavras representadas graficamente por um coração verde e amarelo. Cores que fazem menção a um país e um Estado conhecidos por sua hospitalidade, alegria, calor humano e generosidade com aqueles que aqui aportam. Na essência, são milhares de acreanos unidos por um mesmo ideal: amenizar o sofrimento de todos aqueles que passam por situações difíceis.
Em oposição a esse bonito movimento coordenado pela primeira-dama Marlúcia Cândida, com a colaboração de diversas instituições e pessoas, existe outro movimento, fraco, mesquinho, que só faz questio-nar e tentar desqualificar suas iniciativas.
Seus membros, além de não praticarem um terço das boas ações que realiza o Acre Solidário, ainda se insurgem contra quem se dedica de bom grado e tem a capacidade natural de ajudar o próximo. Essas pessoas, tomadas de preconceito, não querem saber quantos cidadãos o Acre Solidário já beneficiou.
Algo sobre o que se deveria refletir é que, antes mesmo de existir o Acre Solidário, essas mesmas pessoas e instituições que o integram já exerciam a solidariedade e a generosidade, unindo-se a todos aqueles que querem se envolver na conquista por uma sociedade mais humana, justa e igualitária.
A questão é que, entre todos os integrantes, apenas a primeira-dama é questionada, exatamente pela visibilidade que tem, como esposa do governador. Já insinuaram até que ela é candidata. Marlúcia não tem pretensões políticas, está feliz com o trabalho que realiza e se doa sinceramente para o projeto em questão, assim como todos os demais voluntários. Digo isso porque acompanho todas as atividades do Acre Solidário e me orgulho de ver algo assim aqui no Estado.
Mais valioso do que questionar tanto seria motivar-se a ajudar quem realmente precisa dos nossos esforços.
* Andréa Zílio é jornalista.