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Haitiano jogador do Rio Branco é preso, suspeito de tráfico de pessoas

treinorbfcO haitiano Innocent Olibrice, jogador do Rio Branco, foi preso pela Polícia Federal do Acre na tarde da última quarta-feira (3), no aeroporto de Rio Branco. Ele tentava embarcar para Macapá, capital do Amapá, com conexão em Brasília, mas estava com a documentação irregular e é suspeito de tráfico de pessoas.

De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal, o haitiano foi detido em uma fiscalização de rotina sob suspeita de trabalhar como “coiote” – nome dado a quem conduz pessoas de forma ilegal em outro país. O caso é acompanhado pelo delegado Benny Alysson, que estipulou um prazo inicial de 10 dias para a conclusão do inquérito.

Innocent Olibrice tem a carteira assinada pelo Rio Branco Football Club, mas nunca chegou a vestir a camisa do clube em uma partida oficial. Ele também já treinou no Juventus e no Plácido de Castro, na temporada passada.

Segundo o advogado do Rio Branco, João Augusto, o clube está acompanhando o caso e dará todo o suporte jurídico. Ainda de acordo com ele, Olibrice tem toda a documentação legalizada para morar no Brasil.

“Ele é funcionário do Rio Branco, e vamos ajudá-lo. Tem todos os documentos legais e o visto também. Mas, se for mesmo comprovado o envolvimento dele no caso, a nossa posição vai ser outra, pois o clube não é a favor do tráfico de pessoas e não concorda com tal ato”, explicou o advogado do Alvirrubro acreano.

O haitiano foi encaminhado para o presídio da capital, Francisco de Oliveira Conde, na manhã desta quarta-feira, e aguarda o término da investigação da Polícia Federal.

Quando um terremoto matou mais de 200 mil pessoas no Haiti em 2010, Innocent Olibrice estava em Quito, no Equador. Vestindo a camisa do Mariscal Sucre, o jogador desistiu de voltar ao seu país de origem e decidiu seguir o mesmo caminho de muitos conterrâneos: ir para o Brasil.

A tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia, no Acre, é hoje a principal porta de entrada dos haitianos, que começaram a chegar depois do terremoto que destruiu o país caribenho. (João Paulo Maia / GE Acre)

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