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Aumento no preço de remédios ainda não chegou a todas as farmácias da cidade

A Resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), publicada no dia 28, no Diário Oficial da União,  autorizou o reajuste de até 6,31% para remédios vendidos em todo o país. As alterações valem para 3 grupos de medicamentos, definidos de acordo com o nível de participação de genéricos.

No nível 1, categoria que reúne remédios como o omeprazou e amoxilina, o reajuste pode chegar até 6,31%. No nível 2, categoria da lidocaína e risperidona, o aumento será de 4,50%. Já no nível 3, categoria com menor participação de remédios genéricos, poderá chegar até 2,70%.

Devido a problemas burocráticos da Cmed, os fabricantes tiveram dilatação de mais alguns dias para entregar suas listas, explicou Marcos Lameira, presidente do Sindicato das Farmácias do Acre. “As drogarias que não aplicaram o aumento não receberam as listas ainda. Elas são encaminhadas pelas indústrias para a ABC Farma, que faz a produção da revista e distribui. As distribuidoras já estão corrigindo os preços. Na medida em que elas vão encaminhando para as farmácias, será alterado o preço, independentemente de chegar à lista.

A média ponderada do aumento será de até 4,59%. “O reajuste foi autorizado para todos os medicamentos e isso depende muito da indústria. Todo aumento faz diferença no bolso do consumidor, ainda mais se for de um medicamento. Isso ocorre anualmente, aprovado pelo Ministério da Saúde. O percentual de reajuste é abaixo da inflação. Temos o aumento máximo de 6,31% e o mínimo de 2,70%, o que dá em média 4.59%”, detalhou o presidente.

Marcos ressaltou que as farmácias não podem aumentar preços sem autorização. “Até a próxima semana as revistas estarão chegando às farmácias. Todos os produtos terão seus preços corrigidos. Nenhuma farmácia pode fazer a majoração de preços sem que tenha sido aprovado pelo governo. O remédio é o único produto no Brasil que tem o preço monitorado”.
A cliente Dirce Ferreira não achou correto o aumento. “A gente já paga tudo tão caro e os remédios ainda aumentam. Graças a Deus que ninguém da minha família toma algum tipo de remédio específico. Só remédios básicos, para dor de cabeça. Acho um absurdo este reajuste”.

Adão Lopes, gerente da Drogaria Araújo, disse que muitos mostraram insatisfação ao saber do reajuste. “A população não está satisfeita com a alta no preço dos remédios, já que são caros. Muitas são de baixa renda e não têm condições de comprar por um valor maior, principalmente aqueles que são tomados mensalmente. O remédio para pressão, por exemplo, terá um preço bem mais alto. Ele custa em média de R$ 50,00 a R$ 80,00”.

Para a Lucilene Vale, proprietária da Drogaria Vale, os novos valores não irão afetar. “Por enquanto não aumentamos o preço. Estamos esperando a tabela. Os consumidores já sabem, mas ainda não reclamaram. O aumento é pouco e isso não irá afetar, já que todos estão acostumados”.

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