O acesso da estrada de Boca do Acre para Rio Branco: BR 317. O problema é de longa data. Só que, enquanto ele persiste, mais dificuldades vão aparecendo para a população de ambas as cidades, isolando-as uma da outra. Em face disso, a Câmara de Boca do Acre vai receber, no próximo dia 26, uma audiência pública para tratar da situação precária da BR 317. O objetivo é discutir as obras de melhorias que devem ser realizadas para a recuperação da estrada.
A preocupação veio das dificuldades que as pessoas de Boca do Acre estão enfrentando nestes últimos dias de ‘inverno amazônico’ para buscarem atendimento médico na Capital do Acre, para o turismo e para o transporte de mercadorias e cargas (em especial de bovinos, já que Boca do Acre é a cidade do estado vizinho que possui o maior rebanho de gado). Além de Boca do Acre, Pauiní/AM também sofre bastante com as condições da BR no lado do Amazonas.
As obras já custaram R$ 74 milhões em recursos do Governo Federal e mais R$ 4 milhões ao Governo do Amazonas. Do ponto de vista oficial, a obra foi retomada em 2008, foi incluída no PAC 2 em 2011 e hoje já estaria concluída. Mas esta é a teoria. Na prática, a realidade é diferente.
De fato, a estrada tem 110 Km na sua extensão amazonense. Tal trajeto levaria cerca de 1 hora e meia para ser percorrido com uma estrada regular. Mas, na atual situação, o trafego pela BR 317 no Amazonas leva até mais de 3 horas. E o pior: a construção da estrada está emperrada.
Os deputados do Amazonas agora devem cobrar para que o Dnit investigue o que já foi feito e o que ainda falta fazer para melhorar a trafegabilidade da estrada (completando com o trecho já concluído do lado do Acre). O impasse de uma parte da estrada que passa por uma reserva indígena – e que é um dos trechos mais críticos da BR 317 – também deve ser posto em xeque.
A proposta para a audiência partiu da proposta do deputado estadual amazonense Francisco Souza (PSC). (Com informações do Portal A Crítica)