O trabalho intenso da força-tarefa na última semana, atingiu sua meta de regularização dos haitianos que ingressaram no Brasil, pelo Acre. Até a sexta-feira (19), 1.189 Carteiras de Trabalho (CT) foram emitidas para haitianos. Para obter a CT, os estrangeiros precisaram antes receber o protocolo de entrada e fazer a inscrição do CPF.
Agora que conseguiram se legalizar e estão em um abrigo com melhores condições, o grande anseio dos refugiados é encontrar um emprego.
A Central é uma parceira do Ministério do Trabalho e Emprego, através do Sine, com o Governo do Acre e a prefeitura de Brasiléia. A Central abre às 14 horas deste domingo (21) e funcionará no Parque Centenário.
O local será um posto formal de recrutamento, seleção e direcionamento ao emprego e fica a 300 metros do abrigo, visando concentrar todas as propostas de emprego, de recrutadores e promover a seleção a partir dos critérios e cadastro do Sine. O posto funcionará com três funcionários do Sine de Rio Branco, mais um servidor da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e três funcionários da prefeitura.
Dentre os 1.189 haitianos que receberam carteiras de trabalho, há 16 com curso superior, sendo seis profissionais de Enfermagem, cinco de Jornalismo, um de Química, dois de Bioquímica, um de Medicina e um de Hotelaria. A maioria (46%) dos haitianos são da área da construção civil. Há também agricultor (7%), mecânico (6%) e técnico de informática (3%).
Estão sendo cadastrados no Sine os haitianos aptos ao trabalho. Até o final da sexta (19), foram cadastrados 650. A expectative é de até o final da próxima semana estarem todos cadastrados.
Até então, Brasiléia não possuía posto credenciado do Sine, e a Central de Empregos será um legado que a força-tarefa deixará no município. (Adriana Morais Rodrigues / Agência Acre)
Sergipe envia equipe ao SUS para ajudar haitianos
Sergipe, mais uma vez, mostra o seu potencial médico e assistencial atuando em missões humanitárias realizadas pela Força Nacional do SUS. Agora, uma equipe composta pela médica Ione Correia de Araújo, pelo enfermeiro Marcos Fonseca e pela técnica de enfermagem Genailda Santos embarcará para Brasiléia/AC, onde estão cerca de 1.350 refugiados haitia-nos em situação precária.
Na manhã desta sexta-feira, 19, a secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva, e o diretor operacional da Fundação Hospitalar de Saúde, Wagner Andrade, fizeram a entrega dos kits que os profissionais sergipanos usarão durante os 10 dias de missão. Segundo informações do Ministério da Saúde, existe uma média de 70 pessoas/dia imigrando do Haiti para o Brasil, sendo alojadas em campos ou até estádios de futebol. Além dos abalos psicológicos e diante das condições subumanas em que vivem, alguns haitianos possuem algumas doenças como tétano, difteria, hepatite, febre amarela e até doenças sexualmente transmissíveis.
Para Joélia Silva, dentre as 14 missões já realizadas pela Força Nacional do SUS, essa no Acre possui um ponto de vista espe-cial. “A equipe de Sergipe foi solicitada de acordo com o diagnóstico feito diante do grau do comprometimento assistencial dos próprios haitianos. O Haiti é um país com uma realidade sanitária preocupante. Muitos dos seus moradores vieram com problemas respiratórios, doenças de pele, gastrointestinais e, sobretudo, DST’s”, explica.
Ainda segundo a gestora, o fato de Sergipe ser acionado pelo perfil de qualificação profissional que possui, é um grande reconhecimento. “Atuar nessa missão faz com que os profissionais tenham uma nova e rica experiência na área de atuação. Isso nos fortalece”.
Atuação no Acre – Sergipe chega para somar. A Força Nacional do SUS já concluiu a análise dos refugiados haitianos que estão em Brasiléia. Segundo o Ministério da Saúde, já foram imunizados 919 haitianos com a administração de 2.225 doses das vacinas contra tétano, difteria, hepatite e febre amarela. Algumas equipes já estão na cidade para prestar atendimento individualizado a imigrantes que necessitam de procedimentos especiais. (Do site Faxaju.com.br)