O ex-seringueiro e ex-‘Soldado da Borracha’ Josino Pequeno de Melo, de 100 anos, procurou o Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros de Rondônia (Sindsbor) para fazer um apelo para se curar de uma doença rara que o persegue desde os tempos de corte de seringas. Ele foi pedir ajuda da entidade sindical para conseguir, através da Justiça, receber uma indenização que ele alega que o governo do Brasil recebeu dos EUA, mas não teria lhe repassado.
O ex-seringueiro de 100 anos contou um pouco sobre a sua história. Ele afirma que passou a vida inteira ‘cortando seringa’, desde os seus 7 anos, ajudando seu pai, até os 15, quando se mudou para um seringal no Amazonas e passou a fazer o serviço por conta própria.
Na década de 40, ele passou por vários seringais no Amazonas e também aqui no Acre. Inclusive, de 1942 até 1945, Josino conta ter ensinado muito de seu ofício de seringueiro para os ‘arigós’ (pessoas que vinham para colher o látex, dividir e defumar a seringa) do Acre e do Amazonas.
E foi com toda esta atuação dentro da mata que ele pegou, ainda jovem, uma doença que lhe trouxe várias feridas e erupções que marcam suas pernas até hoje. Ele diz tê-la adquirido após a picada de um mosquito desconhecido. Para se curar dela, seu Josino viajou vários lugares do país, mas nenhum médico soube dar um diagnóstico preciso sobre a sua moléstia. Por isso, agora ele quer receber a pensão que ‘lhe é devida’ para tentar buscar um tratamento no exterior.
As suspeitas são de que a doença do seu Josino seja uma infecção fúngica grave popularmente conhecida como ‘Doença de Jorge Lobo’. Mas não há comprovação e nem sequer a doença é transmitida por mosquito, como alegou o ex-seringueiro. (Com informações do site Rondônia Ao Vivo)