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Flisol impulsiona debate sobre uso de software livre no Acre

Software Livre, software de código aberto ou software aberto é qualquer programa de computador cujo código-fonte deve ser disponibilizado para permitir o uso, a cópia, o estudo e a redistribuição. O conceito de livre ou aberto se opõe ao conceito de software restritivo (software proprietário), que são ainda os mais usados do mundo. Para debater a importância do software livre e seu papel na tecnologia do futuro, o Acre recebe pela primeira vez o Festival Latino-Americano de Instalação de Software Livre (Flisol), durante todo esse sábado, 27, no Teatro Barracão.

O evento reuniu curiosos e defensores do software livre, contando com mais uma edição do Encontro de Twitteiros Culturais (ETC) e a presença de convidados especiais como Renne Silva, coordenador do projeto “Voz da Comunidade”, e Daniel Leandro, analista de sistemas, que mostra o uso de ferramentas de softwares livres com negócio na web, entre as principais ferramentas, Wordpress, Joomla, Liferay, Drupal, Moodle e outros.

Organizado pelo Movimento Acreano de Software Livre, com apoio total do governo do Estado do Acre, o evento, que já aconteceu 150 cidades da América Latina, promete não só discutir, mas expandir seu tema principalmente entre a comunidade.

“O Flisol já existe há 8 anos e resolvemos realizar pela primeira vez aqui no Acre tirando a iniciativa de colocá-lo no Centro, mas trazendo para o Teatro Barracão, aqui na Sobral, para aproximar a sua ideia realmente da comunidade”, explica Andréa Zílio, secretária Adjunta de Comunicação e uma das coordenadoras do evento.

Convidados pela liberdade
“Por que eu uso software livre? Pela liberdade”, conta Lenon Azevedo, embaixador da Fedora Project e Mozilla Representative, que falou um pouco sobre o que é software livre, seu mundo de possibilidades e apresentou uma das novidades do momento, o Firefox OS. Sobre a participação no Flisol, ele declarou que, “É muito show saber que tem gente dedicada a isso e que esse evento está acontecendo em tantos lugares da América Latina ao mesmo tempo”.

Quando questionado se um dia achou que o projeto Voz da Comunidade se tornaria tão famoso a ponto de levá-lo para o Acre, o carioca Renne Silva, coordenador do projeto, abre um sorriso tímido, “Nunca”. Renne levou o Voz da Comunidade a todo o país quando relatou no Twitter todos os acontecimentos possíveis ocorridos durante a pacificação do Complexo do Alemão. Desde então, o projeto que começou como um jornalzinho da escola passou para um jornal para toda a comunidade e depois virou em sucesso nas redes sociais, tem ganhado destaque como formato de mídia alternativa que dá certo.

Políticas de inclusão digital
O secretário de Comunicação do Acre, Leonildo Rosas, um dos apoiadores do evento, admitiu que por muito tempo andou desatualizado das novas tecnologias, mas que, “Hoje, eu trabalho com uma equipe jovem e sou cercado de jovens, inclusive meus filhos, por isso não tem mais como não acompanhar essas mudanças e é objetivo de nosso governo levar ideias e revoluções tecnológicas para a população”.

Carlos Rebelo, coordenador de Tecnologia de Informação e Comunicação do Acre, aproveitou para falar um pouco do Floresta Digital. O maior programa de inclusão digital do país, que distribuiu internet gratuita em 17 municípios do estado e possui hoje cerca de 7 mil usuários por dia só em Rio Branco.

O Floresta Digital também registrou um aumento de 40% no número de usuários de dezembro do ano passado a março deste ano. Novos pontos de acesso estão aos poucos sendo criados e o sinal está sendo levado mais próximo das comunidades, como a própria Sobral, que registra 600 usuários dias. (Agência Acre)

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