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Funcionários do Saerb entram em greve e criticam presença da polícia na ETA 2

 Funcionários do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) paralisaram suas atividades por tempo indeterminado desde às 00:00 hs de ontem. A decisão foi tomada por unanimidade em assembleia realizada na última segunda-feira. Os trabalhadores tentaram se reunir no pátio da Estação de Tratamento de Água (ETA 2), próximo à terceira ponte, mas foram impedidos de entrar no local por policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

 Os trabalhadores reivindicam condições de trabalho, segurança e reposição salarial. Segundo o vereador Marcelo Jucá, por várias vezes houve tentativas de negociação com a direção do órgão. “Estou aqui tanto no papel de vereador quanto ao de sindicalista. Não dá para ficar mais dessa forma. Os trabalhadores e o movimento sindical está há mais de dois anos aguardando propostas para solucionar esse impasse. Há tempos eles estão evitando uma greve, que já poderia ter ocorrido. Entramos em um bom senso, fomos para as negociações, mas infelizmente foram só promessas, nada de concreto. A direção do órgão teve muito tempo para apresentar uma proposta”.

 O vereador frisou que não era necessária a presença de policiais, já que o movimento sempre ocorreu de forma pacífica. “Todas as vezes que procuramos o município e o Estado, a resposta é que a discussão irá iniciar em maio, mas não dão nenhuma garantia. Temos documentos assinados. Se eles tivessem feito algo, os trabalhadores não iriam estar aqui. Todos estão preocupados porque o órgão está enchendo de empresas terceirizadas. Queremos a definição real disso, fomos recebidos por policiais, parece que estamos voltando aos tempos de ditadura militar. Estamos de forma pacífica, como o movimento sempre foi”.

 O sindicato tentou o diálogo no início de 2013 até a semana passada, mas todas as reuniões foram adiadas, afirmou Fernando Barbosa, presidente do Sindicato dos Urbanitários. “Os funcionários tem um problema que não é de hoje. Se o governo e prefeitura tivessem cumprido o que foi acordado, nada disso estaria acontecendo. O principal ponto é a revisão dos PCCR dos trabalhadores, que era para ter acontecido durante todo o ano de 2012 e não ocorreu. Os trabalhadores cansaram, pois entendem que da forma que estava sendo conduzido, acabaria não acontecendo essa revisão. Iremos ficar parados por tempo indeterminado, até que seja dado um sinal de negociação de verdade”.

 Felismar Mesquita, Superintendente do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), afirmou que está aguardando o sindicato para dar início às negociações. “Desde a segunda-feira, quando recebemos o comunicado do sindicato, automaticamente informamos ao governador e ao prefeito. Pedimos que as partes pudessem ter acesso e chamar para uma conversa, mas infelizmente a decisão radical de greve está impedindo isso. Estamos aguardando um posicionamento, que os ânimos se abrandem e que consigamos um nível de diálogo e a partir disso resolver os problemas”.

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Marcelo Jucá frisou que não era necessária a presença da polícia

 

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