O Ministério Público do Acre realizou, na manhã de ontem, o lançamento do Grupo Especial de Trabalho, denominado de ‘Força Tarefa Criminal’. O grupo atuará em Rio Branco e tem como principal objetivo agilizar a análise dos inquéritos policiais relacionados aos crimes praticados contra o patrimônio, implementando ações judiciais e extrajudiciais para o enfrentamento a esse tipo de crime.
Oswaldo D’Albuquerque, coordenador do grupo, explicou houve um aumento médio de 7,75% dos crimes de roubo em Rio Branco, quando comparados os meses de janeiro de 2012 e janeiro de 2013. “Temos desenvolvido um trabalho de forma integrada com os órgãos de Segurança Pública. Podemos constatar, com base nos relatórios de análise criminal e em dados que temos no nosso sistema, que houve um aumento considerável em crimes contra o patrimônio no ano de 2012 e no início de 2013.
A operação irá contar com o apoio das polícias Civil e Militar, destacou o coordenador. “Realizamos uma reunião em março com os órgãos de Segurança Pública para elaborarmos um plano integrado de combate a este aumento da criminalidade. A Polícia Civil já está desencadeando algumas ações e a Polícia Militar está com a operação “Saturação” e o Ministério Público, para agilizar os procedimentos criminais que chegam e que estão em andamento nas delegacias dependendo da atividade do órgão. A portaria foi expedida e tivemos uma reunião prévia com os promotores que irão atuar nesse grupo e com o secretário de Polícia Civil, para darmos início a algumas tratativas. Esse trabalho será de integração para obtermos resultados satisfatórios. Os procedimentos estão sendo levantados e agora iremos intensificar as atividades”.
O promotor de justiça Rodrigo Curti afirmou que o aumento da violência será coibido, retrocedendo-a. “Está provado e o que motiva os crimes contra o patrimônio são o uso e tráfico de entorpecentes. A ideia é importar experiências exitosas que tivemos com a estratégia do laudo de segurança pública na elucidação dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio no Acre e trazer para a força tarefa. Vamos dar prioridade aos crimes de roubo e aos crimes de roubo com a utilização de violência, conhecido como latrocínio. Vamos dar resposta à sociedade na elucidação desses inquéritos policiais, formalização de denúncia e diminuição da sensação de impunidade, que assola o nosso Estado”.
A comissão firmada irá definir prioridades, destacou o promotor de justiça José Ruy da Silveira. “O trabalho vai muito além, com o contato com as polícias, para que se tomem diversas providências no sentido de coibir a prática de roubo e furto. Precisamos melhorar e obter uma aparelhagem que possam definir as imagens de câmeras de segurança das mercearias, postos de gasolina, bancos. Muita autoria de crime é resolvida a partir de imagem. Isso trará muitos benefícios para a população”.