Com o objetivo de chamar a atenção da prefeitura e governo, o Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac) promoveu, na manhã de terça-feira, uma paralização. Professores licenciados tanto do Estado quanto do município participaram do ato.
Segundo Alcilene Gurgel, presidente do Sindicato, até o momento não houve nenhum tipo de negociação. “Queremos organizar o movimento e tentar sensibilizar o governo e prefeitura para que possamos sentar e negociar. A nossa data-base na prefeitura é janeiro, já estamos em maio e não conversamos uma única vez. A do Estado é maio e também não houve conversa. Sabemos que o processo de negociação é muito demorado, mas precisamos dialogar e que seja aberto um espaço para que possamos estar reivindicando coisas justas”.
As reivindicações da categoria são várias. “O ponto que colocamos como principal é o reajuste salarial, estamos peleiteando 15% tanto para o Estado quanto para a prefeitura. Tem a questão dos contratos provisórios, onde os professores ganham bem menos que os efetivos. Queremos que eles recebam o mesmo piso. Há também a questão dos coordenadores pedagógicos, que a carga horária deles está sendo dimunuida e o salário e ameaças de perda da VDP deles”, pontuou a professora.
Para o vereador Marcelo Jucá, as reivindicações dos professores são justas. “Estamos apoiando o movimento, essa classe é importante para a sociedade. Diariamente eles estão no trabalho, fazendo a luta diária, levando uma educação sem ter as condições que precisam. Eles estão dispostos a ir para a luta e é assim que conseguimos ter uma sociedade mais justa. Com as reivindicações, é onde o investimento, as condições de trabalho e a qualidade de serviço chega. Precisamos lutar por uma educação pública com a qualidade que a população merece”.
O deputado Estadual Moisés Diniz também apoiou o movimento. “Estamos participando dessa luta pela reposição salarial. Quando eu era líder do governo, participava abrindo portas para o movimento social organizado dos trabalhadores. Agora eu atuo em apoio incondicional aos trabalhadores da educação. A luta dos professores do Acre tem todo o meu apoio”.
Há possibilidade de ocorrer uma greve. “Se as nossas reivindicações não forem atendidas, isso pode culminar com uma greve. Acreditamos que irá prevalecer o bom senso, sabemos do prejuízo que é uma greve para todos os lados. É muito ruim para os pais, alunos, mas se não tiver jeito, iremos realizar sim. Nossas reivindicações são de muito tempo, tem 10 anos que estamos nessa luta”, concluih Alcilene.