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Secretaria Estadual de Educação realiza III Seminário de História Racial do Acre

 A Secretaria de Estado de Educação (SEE) promoveu, na manhã de ontem, o III Seminário de História Racial do Acre. A realização do evento se deu através da Coordenação de Educação para os Direitos Humanos, Cidadania e Diversidade, em parceria com a Secretaria Adjunta de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Departamento Estadual de Promoção da Igualdade Racial e Fórum Permanente de Educação Étnico-Racial acreano.

 O seminário reuniu diretores escolares e coordenadores pedagógicos para discutir o ensino indígena nas escolas. O debate de métodos educacionais, com o objetivo de sensibilizar os gestores sobre a importância do comprometimento com a temática da educação étnico-racial inserida no ambiente escolar, foi um dos temas principais do encontro.

 De acordo com Socorro Oliveira, coordenadora de ensino indígena da SEE, é necessário que este tema seja debatido nas escolas. “A secretaria realiza um trabalho constante com as comunidades indígenas. Trabalhamos com o direito de um ensino diferente. O Brasil, como um todo, ainda não está preparado para isso. Precisamos que os índios sintam que são importantes e parte da nossa história”.

 Em 10 de março de 2008, a Lei 11.645/2008 se responsabilizou por alterar e estabelecer novas diretrizes e bases à educação nacional, tornando obrigatória à temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena’ nas salas de aula.

 Elza Lopes, coordenadora do fórum étnico-racial, destacou que a verdadeira história da cultura indígena não é passada nas escolas. “É uma atividade de implementação da lei 11.645, que trata da questão indígena no currículo escolar. Há 2 anos realizamos este seminário, articulado pelo fórum em parceria com as secretarias estadual e municipal de Educação e os órgãos indigenistas. A verdadeira história dos indígenas não foi colocada nos livros. Queremos sensibilizar acerca dessa temática. Geralmente a escola se resume a pintar o rosto dos alunos no Dia do Índio para lembrar, mas o debate indígena é muito mais profundo. Temos que contar o que realmente aconteceu para que possamos diminuir o preconceito e que os professores saibam fazer a abordagem correta com os alunos”.

 Francisca Arara, palestrante do evento, ressaltou a atual situação do movimento indígena. “Foi debatido sobre a formação dos professores indígenas, que está veiculado às pesquisas de conhecimento dos povos. Além disso, falamos da situação do movimento indígena. Antes, as ideias eram levadas às aldeias. Hoje, nós as trazemos. Os índios são ouvidos e se tira o encaminhamento, seja da educação, saúde, produção e política. Fazemos um trabalho em conjunto. Muitas vezes não somos compreendidos, então precisamos falar e explicar o que queremos”.

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