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Ônibus escolar esmaga garupeiro de moto no Centro de Acrelândia

 Quando os deputados da Aleac chegarem para audiência pública às 16h desta quinta-feira, 18, em Acrelândia, podem encontrar a cena do acidente ainda preservada para a perícia do Instituto de Polícia Técnica do Acre. Na esquina da avenida Brasil com a rua dos Pioneiros, coberto com uma lona preta, está o corpo do tratorista da Seaprof, Chardis Schultz Dutra, 21 anos, que teve a cabeça esmagada depois de ser atingido por um ônibus escolar quando estava na garupa de uma moto Honda Bros NXR.

 O acidente aconteceu por volta das 12h30. Testemunhas dizem que a motocicleta subia a avenida Brasil, uma ampla alameda de duas pistas, quando o ônibus invadiu a preferencial provocando a colisão. A moto acertou no parachoque dianteiro arremessando para o centro da avenida o piloto, Nilvaldo Aparecido da Silva, 25, e Chardis, que ficou embaixo da roda dianteira direita.

“O piloto se levantou e gritou para o motorista dar ré, mas ele avançou passando por cima da cabeça no Chardinho”, relatou uma testemunha. O tenente Eliecyr Oliveira Silva, sub comandante da 3a Companhia da Polícia Militar de Acrelândia, disse que só os peritos poderão apurar o que realmente houve. Mas adiantou que a falta de sinalização nas principais avenidas torna comum a ocorrência de acidentes no centro da cidade.

 Embora não estivesse previsto na pauta da Comissão de Segurança Pública, Violência e Narcotráfico da Aleac, o trânsito vai ser levado à discussão na audiência pública desta tarde, que será coordenada pelo deputado Jamyl Asfury (PEN).
Com pouco mais de 12 mil habitantes, a 106 km de Rio Branco, os PMs se queixam do pequeno contingente: 4 militares e um policial civil. Em 24 de novembro de 2005 um bando de assaltantes ocupou a cidade, fez 14 reféns e levou R$ 100 mil do Banco do Brasil. O deputado Walter Prado,então chefe da Polícia Civil, prendeu 2 dos assaltantes 5 dias depois.

 Acrelândia é uma cidade projetada, com população predominante de migrantes do Sudeste. Chardis Shultz Dutra era filho de colonos vindos do Espírito Santo. Seu pai tem uma colônia no km 11 do Ramal do Bigode. Chardinho, como era conhecido, havia escapado de outro acidente, envenenado por agrotóxicos. Estava montando uma oficina de eletrônica para tentar a vida na zona urbana. O motorista do ônibus fugiu do flagrante. No momento o coletivo ainda estava a caminho da coleta dos alunos das escolas públicas.

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