O senador Jorge Viana (PT/AC), ocupou a tribuna do Senado Federal, ontem, 12, para tratar de diversos assuntos. Entre eles estão a reforma política, o controle dos preços de produtos alimentícios, além da questão dos haitianos no Estado.
O senador acreano disse não entender a demora do Congresso em aprovar as medidas para o processo eleitoral. Ele defende o fim do financiamento privado de campanha, além de limites a serem utilizados nas eleições.
“É preciso lutar pelo dinheiro limpo na eleição, pela transparência. Botar teto para os candidatos poderem gastar. Hoje ninguém sabe quanto um candidato gasta para se eleger. Isso não pode continuar. Será uma irresponsabilidade se as eleições do ano que vem mantiverem o mesmo sistema de financiamento eleitoral”, frisou Jorge Viana.
De acordo com o senador, há uma dificuldade em aprovar mudanças profundas nas regras eleitorais e fez críticas ao excesso partidário que hoje existe e defendeu a independência do Legislativo quanto a matéria.
“Há propostas de reforma política que estão aqui tramitando há 15 anos. A reforma não sai por conta dos maus políticos. Esse é um tema que independe do Governo Federal, do Judiciário, é uma prerrogativa do Legislativo”.
Ainda em seu pronunciamento, Jorge Viana lembrou que a elevação nos preços de alguns produtos deve se a problemas sazonais ocorridos no campo, o que tem provocado um aumento nos valores de produtos como a mandioca e o tomate. Ele acrescentou, também, que não existe uma alta da inflação e lamentou que haja forças contrárias ao desenvolvimento econômico do país.
“O problema é que hoje abro os jornais, ligo o rádio, assisto à televisão e está todo mundo falando como se a inflação fosse a pior de todos os tempos. Não sei se já é uma tentativa de pautar os temas do ano que vem. Tomara que a inflação seja uma questão sazonal como nos deu tranquilidade o presidente do Banco Central”, pontua o senador petista.
O senador finalizou seu discurso agradecendo o apoio dado ao Acre, pela presidenta Dilma Rousseff, para a questão dos imigrantes ilegais no Acre, os haitianos. O número de ilegais passa de 1.000. Com a gravidade do problema, o Governo Federal disponibilizou uma equipe multissetorial para dar celeridade ao processo de regularização.
O parlamentar ressaltou que, embora, tenha-se um sentimento humanitário, não se pode deixar que pessoas mal intencionadas continuem a utilizar o Acre como rota de entrada ilegal no Brasil. (Com informações da Agência Senado)