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Polo Logístico é consequência da qualificação do comércio regional

PoloO governador Tião Viana assinou ontem a ordem de serviço que garante a execução imediata das obras do Polo Logístico. O empreendimento é uma antiga reivindicação dos empresários do setor atacadista e que só agora encontrou ambiente adequado para ser executado.

A execução do projeto do Polo Logístico é uma necessidade. O setor privado, há mais de 10 anos, percebeu a viabilidade do empreendimento. A estabilidade na esfera política-administrativa do Estado foi um fator que contribuiu para o amadurecimento e crescimento do comércio local.

Com mais segurança jurídica e relativo acesso ao crédito, os empreendimentos comerciais cresceram e a cidade não conseguiu acompanhar essa evolução no mesmo ritmo.

O resultado pode ser visto ontem mesmo, pouco antes do evento da assinatura da ordem de serviço. O local escolhido foi a empresa Frios Vilhena, localizada em uma pequena rua transversal à Avenida Ceará, nas imediações da TV Rio Branco: o trânsito difícil normalmente fica ainda pior com a presença das carretas que transportam os produtos para a distribuidora.

Todo o projeto foi concebido sob a liderança do secretário de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Edvaldo Magalhães.
O investimento do Governo do Acre está orçado em R$ 22,5 milhões para construção da infraestrutura básica. As 56 empresas que demonstraram interesse em se instalar no Polo Logístico devem investir R$ 150 milhões.

São os cálculos anunciados ontem. Ano passado, os números eram diferentes e mais modestos. Anunciou-se que o governo investiria R$ 13,5 milhões e a iniciativa privada R$ 120 milhões.

“Esse é o arranjo de uma economia forte que está surgindo no Acre”, disse o governador Tião Viana. “É o que se confirma com empreendimentos como esse”. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) vai ser a responsável pela construção da sede administrativa.

A Sedens estima que cerca de três mil empregos diretos sejam gerados com a implantação do Polo Logístico. “Nós fizemos uma sondagem junto aos empresários na elaboração do projeto e todos foram unânimes em informar que com a vinda para o Polo seriam necessárias novas contratações e ampliação dos negócios”, lembra o secretário de Estado, Edvaldo Magalhães.

A empresa PL Construções, uma das responsáveis pela execução da obra, já iniciou ontem mesmo a limpeza da área de 133 hectares. No projeto, está prevista construção de hotel para os caminhoneiros, espaço de lazer, postos de órgãos fiscalizadores, posto de gasolina.

Frios Vilhena apresenta projeto de instalação no Polo
O empresário José Carlos Castilho mostrou como vai ser a Frios Vilhena no Polo Logístico. Em uma maquete eletrônica e diante de possíveis financiadores (estavam presente os representantes do Banco do Brasil e Banco da Amazônia), Castilho apresentou detalhes do que pretende construir em quatro mil metros quadrados de área. “E a vontade é de crescer mais”, empolgou-se Castilho.

Governo garante agilidade no andamento de programas financiados pelo Fundo Amazônia
O governador Tião Viana, se reuniu na manhã desta quarta-feira, 3, na Casa Civil, com o secretário de Planejamento, Márcio Veríssimo, para tratar de questões pertinentes à execução do programa que visa o fortalecimento das áreas de produção. Na ocasião, estiveram presentes, a chefe da Casa Civil, Márcia Regina, e secretários. Uma das questões levantadas diz respeito à licitação, tendo em vista o objetivo de serem executadas em três meses, pelo menos 50% das ações. O programa terá o financiamento do Fundo Amazônia.

O Governo do Acre já está discutindo o segundo momento do programa junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e, portanto, vai garantir que o processo de execução da primeira etapa aconteça o mais rápido possível. “Essa reunião com a equipe técnica com certeza vai acelerar os processos para que o programa seja executado num tempo mais curto, inclusive temos que aproveitar o início do verão para que as ações ganhem mais velocidade e aconteçam de maneira mais efetiva, para em seguida partirmos para o segundo passo; a previsão é que este ano ainda nós já estejamos contratando a segunda fase”, explicou o secretário de Planejamento, Márcio Veríssimo.

O Fundo Amazônia financia projetos importantes, vinculados à produção e serviços ambientais. Isso envolve as ações de plantio, reflorestamento, preparação de áreas com calcário, fomento ao manejo, além de ações vinculadas às questões indígenas. Em geral, o referido programa mantém essa estrutura. (Rayele Barbosa / Agência Acre)

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