Em janeiro deste ano, um esquema de corrupção envolvendo um agente penintenciário e um presidiário que cumpre pena no regime semi-aberto da Unidade Prisional 4, mais conhecida como Papudinha, foi descoberto pelo Instituto de Administração Penintenciária do Acre (Iapen).
Hoje 286 presos cumprem o regime semi-aberto na Papudinha. Um agente estaria recebendo dinheiro para favorecer um detento, explicou Gilberto Rosas, diretor da unidade. “Existe hoje uma investigação que está sendo apurada pela corregedoria do Iapen. Identificamos um caso isolado que está sendo investigado. Aconteceu em janeiro e seria por propina. O agente era pago e o preso não voltava para dormir no presídio”.
O presidiário estava na lista entre os recolhidos, mas há muito tempo não dormia na cadeia. “Um preso não estava na unidade, porém estava com a ficha assinada. O preso tem que assinar a ficha e passar pela revista. O ilícito, talvez, estava ocorrendo nesse momento. O agente foi identificado e não está mais trabalhando nessa unidade”.
A recepção dos presos foi alterada a partir do momento que o esquema foi descoberto. “Agora colhemos o horário que ele chega e a assinatura é feita mediante a uma câmera de segurança. Há dois meses estamos adotando esse procedimento, além de outros que não podemos informar para não comprometer a investigação”.