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Comitiva de Rondônia, AC e MT discute plano de combate ao tráfico de drogas e pessoas

 Os ministros da Justiça do Brasil e da Bolívia anunciarão, em uma nova rodada de encontros que acontecerá em São Paulo nos dias 3 e 4 de junho, a criação do Plano de Ação Boliviano-Brasileiro, um pacto de atuação conjunta dos dois países no combate ao narcotráfico e ao tráfico de pessoas.

 Uma comitiva brasileira de 15 integrantes, que incluiu técnicos, representantes do Ministério da Justiça e dos Estados do Mato Grosso, Acre e Rondônia, que fazem fronteira com a Bolívia, esteve em Santa Cruz de la Sierra na semana passada para acertar a parceria que será anunciada.

 Segundo a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, o governo brasileiro compartilhará dados de seus serviços de monitoramento com as autoridades bolivianas, além de oferecer capacitação a agentes do país vizinho que atuam no combate ao crime organizado e de lavagem de dinheiro. Experiências consideradas exitosas em segurança pública também serão contempladas: um exemplo é a vinda de uma comitiva de 20 técnicos bolivianos, em junho, para conhecer o trabalho das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro.

 Os bolivianos também atuarão em conjunto com as Forças Armadas brasileiras na Operação Ágata 7, iniciada no sábado e que empregará de 25 mil militares na fiscalização às fronteiras.

 Outra preocupação dos dois governos é apertar o cerco ao fluxo migratório de pessoas que saem da Bolívia e se instalam clandestinamente no Brasil para trabalhar em condições precárias. “É difícil contabilizar esse fluxo, porque muitos desses bolivianos não assumem ou sequer se dão conta de que são vítimas de conduta criminosa, ao serem colocados para trabalhar em condições análogas à escravidão”, diz a secretária. Na maioria dos casos detectados pela polícia, diz Regina Miki, as redes de tráfico de pessoas são comandadas por outros bolivianos com conexões no Brasil.

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