O Conselho Regional de Enfermagem (Coren/Ac) está promovendo, desde o dia 13, a Semana da Enfermagem Acreana. Palestras, capacitações e mini-cursos estão sendo oferecidos aos profissionais da área durante esse período. A ação se estendará por vários municípios acreanos.
José Adailton, presidente do Coren, explicou que as ações objetivam sanar as deficiências existentes. “Neste mês de maio comemoramos o dia do enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem. Estamos realizando essas atividades no Estado inteiro, ofertando cursos que foram feitos com base nas maiores deficiências que os profissionais tem. Capacitamos e contribuimos para que a qualidade da assistência melhore”.
A categoria enfrenta muitos desafios, disse o presidente do conselho. “Hoje lutamos para ter um piso salarial à nível nacional. Estamos há 10 anos lutando por isso. Também precisamos de uma jornada de trabalho específica para a nossa categoria. Essa é a maior demanda e só falta a Câmara Federal votar para que a presidente sancione a lei. Trabalhamos 44 horas semanais e isso acaba nos desgastando muito, podendo nos levar a cometer erros”.
Outro ponto de muita dificuldade enfrentado a nível público e privado são as condições de trabalho. “Um hospital privado está passando por um momento caótico hoje. Há falta de equipamentos, material, recursos humanos. Se a situação continuar desse jeito, o local deve ser interditado. Já em hospitais públicos, a deficiência é grande, mas não chega a tanto. Faltam algumas coisas, mas sempre estão tentando repor. Nos últimos anos a atenção ao serviço de saúde, apesar de não ser o ideal, melhorou”, ressaltou José.
Além disso, José enfatiza que é necessário mais profissionais capacitados para atender toda a população. “É uma demanda que lutamos bastante, levamos para as negociações junto com o sindicato. Expomos todas as problemáticas, mas é argumentado que até junho terá concurso público. Precisamos de mais profissionais dentro dos hospitais”, concluiu.
