Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 28, no Palácio da Justiça, o presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), Raimundo Nonato da Costa Maia, disse que a desembargadora Denise Bonfim vem sofrendo ameaças de morte. Segundo o magistrado, Bonfim estaria recebendo ligações não identificadas com as possíveis ameaças.
“A desembargadora Denise Bonfim vem recebendo ligações telefônicas com ameaças de morte. Inclusive há um boato dentro do presídio de que a magistrada deveria ser eliminada”.
Ainda de acordo com Raimundo Nonato, todas as providências estão sendo tomadas pela Asmac no sentido de resguardar a vida da magistrada. Ele lembrou que Denise Bonfim já atuou em diversos casos complexos no Estado e que o Judiciário acreano não se intimidará quanto às ameaças a magistrados.
“Vamos cumprir a nossa função. Não é nenhuma ameaça que fará o poder Judiciário recuar no seu papel”, pontua o presidente da Asmac.
Questionado se há alguma ligação entre a Operação G7 e as ameaças de morte sofridas pela magistrada acreana, o juiz Raimundo Nonato foi claro: “Não podemos divulgar nenhuma informação sobre as ameaças de morte para não atrapalhar as investigações. Mas quero ressaltar que a decisão de um magistrado é totalmente técnica. Não tem envolvimento político”, salientou.
O diretor de Comunicação da Asmac, juiz Geordane Dourado, ressaltou a independência entre os poderes e deixou claro que não houve interferência política quanto à decretação de prisões de envolvidos na Operação G7 desencadeada pela Polícia Federal, no último dia 10 de maio.
“O Poder Judiciário tem por vocação a independência. Não precisamos de alianças políticas para tomar nossas decisões. Ninguém é tão fiscalizado quanto nós juízes” e acrescentou: “é irresponsabilidade dizer que o Judiciário está com alianças políticas partidárias”, diz Dourado.
Finalizando sua fala, Geordane Dourado defendeu a independência harmônica entre os poderes. “Cada um cumpre o seu papel na sociedade”.