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Lideranças da juventude católica vão a Manoel Urbano averiguar acusações da Operação G7

Jhonatam Nobre é um jovem questionador. Acadêmico do curso de História, ele não aceita tão fácil as informações que recebe por meio dos jornais. Assim como ele, outros jovens que lideram grupos da Igreja Católica mostraram interesse ao governador em conhecer de perto município de Manoel Urbano, onde a Polícia Federal através da operação denominada G7 afirma que 23 ruas supostamente pavimentadas pelo programa Ruas do Povo, do governo do Estado, não existiriam.

“Agora nós vemos que essas ruas de fato existem. Achei que houve coisas estranhas nessa operação. Na operação Delivery, da Polícia Civil, ninguém teve acesso a nenhuma gravação das investigações. E nessa no mesmo dia todas as conversas estavam na internet. Isso é correto? Que interesse há por trás disso? Sabemos que a Polícia Federal é séria, mas tem coisas que merecem questionamentos”, alega o jovem.

 O programa Ruas do Povo é executado pelo governo do Estado desde janeiro de 2011 e se propõe a pavimentar todas as ruas do Acre que nunca sofreram intervenção pública. Somente este ano serão licitadas 712 ruas. Em Rodrigues Alves as ruas já foram 100% pavimentadas.

 Entre as acusações feitas pela Polícia Federal o programa é um dos principais alvos. Em Manoel Urbano foi informado inicialmente pela prefeitura da cidade que 41 ruas precisavam da intervenção, e depois verificou-se que seriam 53. Destas, a PF alega que 23 não existem. O Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), responsável pelas obras, explica que as ruas não tem nome oficial por serem novas e ainda não terem passado por todo o processo exigido até que o nome seja escolhido e aprovado, para só então ser informado ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi no mapa do IBGE que a PF baseou as informações, alegando que 23 ruas denominadas de A a Z não existem, quando na verdade estão pavimentadas, a maioria no Loteamento Yolanda.

“E foi isso que viemos comprovar. Somos lideranças e não podemos passar qualquer informação aos nossos liderados nem receber sem questionar tudo o que nos informam. A juventude é muito influenciada pela mídia e se acomoda nessa questão. Não quero sair falando o que ouvi do governador Tião Viana, mas o que eu comprovei, averiguei”, disse Ricardo Vitor, liderança da juventude da Paróquia São Sebastião.

 Dona Glória mora há seis anos na rua Alvorada do Norte, na esquina com a rua C, que a PF aponta não existir. “A minha rua existe, eu moro nela. É isso que eu tenho a dizer. Fui a segunda moradora daqui e essa rua era só o mato e a lama”. Comentou.
Ismael Silva Sales e Eliane Sales moram no final da rua C. Eles deixam o carrinho de cachorro quente na casa da irmã de Ismael, porque era impossível trafegar na rua em que moram. “Agora a gente tem mais segurança, mais conforto. A pavimentação melhorou nossa vida”, comentou.

jovensg71

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