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Médicos recebem capacitação na área neonatal

 Com o objetivo de fornecer uma melhor assistência à gestante e ao recém-nascido, de 27 à 29 de maio acontece, no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM), a III Oficina de Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância com o foco Neonatal – AIDIPI Neonatal.

 A oficina capacitará 30 médicos que atuam nas Unidades de Atenção Básica do município, explicou Dalila Pontes, coordenadora do evento. “Oferecemos um curso de capacitação para os médicos clínicos e pediatras. Queremos capacitá-los na estratégia de ação integral de saúde da criança, no componente neonatal. Uma maior atenção aos recém-nascidos será dada, melhorando a qualidade no atendimento, no diagnóstico precoce e no tratamento. A ação será aprimorada dentro dessa área”.

 Outros municípios também receberão a capacitação. “Temos outras estratégias para as outras duas regionais. Em todas as unidades de saúde tem pediatras. Às vezes não tem em todos os horários. Então iremos capacitar os clínicos para que eles se aprimorem e nunca falte atendimento para as crianças”, ressaltou Dalila.

 Maria Tereza, coordenadora da área técnica da saúde da mulher e da criança explicou que a ação acontece anualmente. “Esse curso é de fundamental importância para os médicos que trabalham na atenção básica. Isso irá contribuir bastante na qualidade do atendimento prestado às crianças. Hoje existem 52 unidades na capital. Com essa capacitação, os médicos ficarão mais qualificados, melhorando o atendimento ao público alvo. Anualmente realizamos cursos aos profissionais”.

 Margareth Hamdan, pediatra da Secretaria de Estado de Saúde da Bahia, ressaltou os assuntos abordados no treinamento. “Falamos sobre os riscos durante a gravidez, parto e nascimento, necessidade de reanimação de recém-nascidos, avaliação se a criança tem doença grave ou infecção localizada, nutrição, desenvolvimento e outros assuntos. Essa estratégia é baseada em protocolos e evidências, onde iremos trabalhar através de um dado clínico sinais de triagem, deixando as crianças e gestantes em uma situação de maior conforto”.

 A estratégia AIDPI começa antes de a mulher engravidar e visa diminuir a mortalidade materna e infantil. “Vamos trabalhar essa mulher, que no momento não quer engravidar no planejamento familiar, para que ela fique pronta e engravide com menos riscos quando ela quiser. Essa é uma faixa etária que não é muito vista na universidade. Os primeiros dois meses de vida são onde temos o maior número de mortalidade neonatal. Cerca de 70% da mortalidade infantil está no componente neonatal, que reflete no pré-natal inadequado quanto na atenção ao parto. As universidades não capacitam nessa faixa etária como deveriam. Há um risco maior para a morte e os médicos tem medo de atender”, concluiu Margareth.

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