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Motoristas recebem atendimento e orientação médica em projeto

 A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em um convênio com o Sest/Senat realizou, na manhã de ontem, a terceira edição do Comando de Saúde nas Rodovias 2013. Através de pesquisas foi detectado que os motoristas profissionais, que transportam cargas e passageiros, sofrem de muitos males de saúde. Desde 2006 atendimentos na área da saúde são levados à esse público.

 Todos os atendimentos foram feitos de forma gratuita. Lizandra Araújo, coordenadora do Sest/Senat, destacou os procedimentos realizados. “Temos uma preocupação com o excesso de peso dos motoristas, visão e audição. Realizamos exames de verificação de pressão, glicemia, colesterol e oferecemos serviços de dermatologia, odontologia e vacinação. Realizamos cerca de 100 atendimentos”.

  Moraes Torres, inspetor da PRF e coordenador do comando de saúde, disse que é necessário detectar e alertar alterações em parâmetros de saúde que podem prejudicar ou impedir a condução de veículo por esses profissionais. “Queremos ver a saúde dos caminhoneiros. Nós temos a preocupação de levar até eles a medicina. São pessoas que não tem tempo de ir ao médico, fazer exames de rotina. Vez ou outra eles passam mal na direção do veículo e isso é muito preocupante para nós, que trabalhamos diretamente com eles. Prestamos esse serviço à essa classe”.

 Boa parte das causas de acidentes nas rodovias pode estar relacionadas com alguns problemas de saúde, seja um mal estar, a ingestão de um medicamento sem prescrição médica, hipertensão, entre outros, explicou o médico do 4º Bis Bruno Leite. “A carga horária deles, muitas vezes, chega a passar de mais de 12 horas por dia. Não há muito cuidado com a saúde, alimentação e isso traz grandes problemas. Orientamos e damos algumas dicas, mas o essencial é que eles procurem o atendimento médico em hospitais, para ter um diagnóstico preciso”.

 O motorista José Soares não tem muito tempo para cuidar da saúde. “É difícil chegarmos até um médico. A gente precisa ir a um posto, tem que chegar de madrugada para conseguir uma ficha, há uma morosidade nos exames. É uma grande dificuldade para a gente que trabalha. Não tenho tempo suficiente. Essa ação nos ajuda, é rápida e resolvemos uma parte dos problemas”.

 Já caminhoneiro José Ruy, que trabalha há 43 anos nas estradas, sempre participa do projeto. “Costumo cuidar da saúde, apesar do meu tempo ser corrido. Não perco essa ação, já é a terceira vez que participo. É muito importante e necessário, passamos muito tempo na estrada e às vezes nos descuidamos um pouco”.

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