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Pedestres correspondem 17% das vítimas fatais no trânsito acreano

 No mundo, a cada semana morrem aproximadamente 5 mil pessoas atropeladas, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Por tal motivo, a Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com os países que fazem parte da Década de Ação Pela Segurança Viária (2011-2020), realizam a Semana Mundial da Segurança do Pedestre, desde a última segunda, dia 6, até 13 de maio.

 No Acre, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) desenvolveu uma programação para esta semana. De acordo com a coordenadora de Educação de Trânsito, Geny Polanco, uma equipe irá abordar cidadãos nas ruas e calçadas e orientá-los sobre o respeito às regras específicas para pedestres.

“Nem sempre o motorista é o vilão. Nem sempre ele é o causador do atropelamento. Às vezes é o próprio pedestre que se coloca em uma situação de risco”, denuncia.

 De acordo com dados do Detran, no Acre,  de janeiro até abril deste ano, 17% das mortes fatais no trânsito são de pedestres. Eles estão em 2º lugar no número de vítimas fatais.

 O objetivo é que pelo menos durante esta semana não existam nenhuma pessoa vítima fatal de acidente de trânsito. “Esta semana é um alerta. Uma intimação para que todos assumam as suas responsabilidades referentes ao uso de vias públicas”, convida ele.

 O trabalho de educação no trânsito já é realizado em todo o Estado. De acordo com Geny Polanco, as escolas da rede pública recebem palestras educativas, como uma forma de conscientizar as pessoas desde a infância.
A coordenadora orienta o uso de calçadas e faixas de pedestres para uma travessia segura em locais com sinalização semafórica. “Nosso maior problema é o fato de as pessoas continuarem a fazer travessias perigosas, entre os carros. Um costume que precisa ser mudado”.

 Outro exemplo de desobediência à sinalização ocorre dentro do Terminal Urbano de Rio Branco. Apesar das instruções, muitos ainda se arriscam andando em locais indevidos, sem nenhum tipo de segurança.

 O fisioterapeuta Alex Miguel Freitas denuncia o desrespeito dos limites de velocidade no trânsito. Um perigo para ele, que também é pedestre. “Não me sinto seguro pelo simples fato de que a educação e o respeito pelo pedestre não chega nem perto do que deveria ser. Nós que temos que se adaptar à loucura dos motoristas. E o perigo maior são os motoqueiros, que transitam entre os carros. Quem é pedestre sofre muito com estes motoristas que só pensam em chegar ao destino desejado”, desabafa.

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