A Conferência das Cidades foi criada pelo Ministério das Cidades para consolidar a parceria entre os governos e a sociedade civil, com o objetivo de construir um modelo de política urbana com a participação efetiva dos municípios.
Identificar problemas enfrentados pela cidade no crescimento urbano e elaborar propostas para a diminuição da desigualdade social e o desenvolvimento funcional dos municípios, sem degradar a natureza foram pontos debatidos na 5ª Conferência Municipal das Cidades, realizada ontem na capital. Esse diagnóstico fundamentará as novas diretrizes para o desenvolvimento regional.
A conferência é um instrumento de participação da população, que influencia nas decisões sobre a política de desenvolvimento urbano, disse o prefeito Marcus Alexandre. “A conferência é importante para avaliarmos a nossa cidade e também como a queremos no futuro. Movimentos sociais, presidentes de bairros, estudantes e empresários compareceram para discutirmos problemas como transporte, trânsito, regularização fundiária, ocupação urbana e rural, atualização do plano diretor e política habitacional. Avaliamos as conquistas e desafios que ainda temos na capital. Defendemos a expansão da área urbana, já que 92% da população mora nessa área. Com isso, podemos abrigar novos empreendimentos habitacionais, criar mais infraestrutura e criar condições de mobilidade para a cidade”.
Para Luiz Rocha, secretário municipal de desenvolvimento e gestão urbana, a participação da comunidade é de grande importância. “Trazer as propostas relacionadas aos problemas encontrados é muito importante. Desde a pessoa comum ao empresário discutiu as problemáticas que dizem respeito à Rio Branco. Alguns temas são mais evidentes, tudo isso vinculado ao sistema urbano de Rio Branco. As propostas giraram em torno desse assunto e elegemos algumas delas para levar para as próximas etapas”.
Gilson Rodrigues, presidente da União Municipal das Associações de Moradores (Umarb), falou dos principais problemas encontrados em Rio Branco. “Ainda há muita coisa para ser resolvida e em conferências como esta, conseguimos mostrar e solucionar. Pavimentação, esgoto, falta de água são grandes problemas que aflinge a nossa cidade”.
Apenas os muncípios de Senador Guiomard e Mâncio Lima não convocaram a conferência. O secretário de habitação e presidente da comissão estadual preparatória Rostênio Souza ressaltou que é necessária a participação de todo o Estado, para que os problemas de cada local sejam detectados. “A conferência é um momento muito importante, um fórum privilegiado. A população pode participar das políticas de desenvolvimento urbano. Discutimos a consolidação de propostas para a construção do sistema nacional de desenvolvimento urbano. Todos os municípios devem participar para sabermos como agir em cada localidade”.