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Servidores ameaçados de perderem o emprego fazem ato público, no Centro

 Centenas de servidores públicos que podem perder o emprego participaram, na manhã de ontem, do ato público realizado em frente ao Palácio Rio Branco. O movimento, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Força Sindical, contou com a presença e participação de dez sindicatos.

 De acordo com Rosana Nascimento, presidente da CUT, os responsáveis por contratar os servidores são as pessoas que devem ser penalizadas. “Nesse país todas as decisões são para sacrificar os trabalhadores. Os servidores não devem ser penalizados, eles não se auto contrataram. Pedimos o apoio dos parlamentares para aprovar a PL 54, que coloca os servidores em condições juridicamente amparados. Vamos fazer uma ação em Brasília para debater isso. É necessário que haja uma responsabilidade social. Não podemos aceitar que os servidores sejam condenados por algo que não fizeram. Já tivemos uma reunião com o governador e ele está fazendo o esforço necessário para resolver essa situação. Disse que não vai demitir nenhum servidor e colocou a PGE para fazer todo o estudo jurídico necessário para garantir o emprego dessas pessoas”.

 Marcelo Jucá, vice-presidente da CTB, destacou que concurso público não é a solução do problema. “Precisamos encontrar um direcionamento, não podemos aceitar isso. Muitos trabalhadores estão próximos de se aposentar e não estão preparados para exercer outra atividade ou até mesmo fazer um concurso público. Essa situação é inaceitável e devemos enfrentá-la”.

 Na área da educação, mais de cinco mil servidores foram contratados irregulamente. Alcilene Gurgel, presidente do Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac), disse que ainda existem caminhos para que essa decisão não seja aceita. “Precisamos levantar a sociedade acreana, sabemos que por trás de 11 mil trabalhadores ameaçados de demissão tem uma família. Essa é uma luta do povo do Acre e os sindicatos precisam estar organizados e mobilizados para enfrentar decisão tão séria quanto essa do STF. Devemos criar cirtérios e condições para organizar a questão desses trabalhadores”.

 Raimundo Correia, presidente do Sindicatos dos Profissionais Auxiliares, Técnicos e Enfermeiros do Acre (Spate/AC), afirmou que milhares de famílias irão sofrer com essa medida. “Nós temos que mostrar para a sociedade que milhares depais de família vão ficar desempregados, isso será um caos social. Todo mundo tem contas a pagar, empréstimos em bancos, carro financiado e filho estudando fora. Se essa decisão for efetivada, essas pessoas não terão uma saída”.

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