A sessão ordinária desta terça-feira, 30, realizou 2 importantes votações. Os projetos são do Executivo e o 1º trata da organização básica do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBM/AC). Pela proposta, fica instituída o posto para 3 coronéis. Atualmente, o efetivo da corporação é de 1.758. O 2º projeto que foi votado trata de autorizar o Executivo para a criação do Fundo de Investimento em Participações que tenha atuação na área de reflorestamento. Os projetos foram aprovados e agora seguem para redação final.
O secretário de Floresta, Indústria e Desenvolvimento Sustentável, Edvaldo Magalhães, se reuniu com os parlamentares para explicar o projeto e onde os recursos do fundo serão aplicados. A ideia é contemplar toda uma cadeia produtiva que inclui grandes, médios e pequenos produtores rurais. Ele explicou, ainda, que este reflorestamento tem caráter econômico.
“É um reflorestamento de corte raso, ou seja, para áreas já abertas. Nosso pensamento é que os pequenos produtores, assim como acontece na cadeia do peixe, participem desse projeto. É importante dizer que se trata de resultados a médio prazo. Daqui a cinco anos já estaremos colhendo os primeiros frutos”, frisou Magalhães.
Contrário ao discurso do secretário, o deputado Luís Tchê (PDT) sugeriu que os investimentos que serão realizados nestes projetos de reflorestamento, sejam destinados para a produção agrícola, pois, segundo o parlamentar, geraria ganhos em tempo menor.
“Não podemos ficar presos ao FPE. Precisamos alavancar a nossa agricultura com culturas como o milho, a soja. Podemos gerar empregos em curto prazo. Acho que precisamos mudar o discurso”, disse Tchê.
Edvaldo Magalhães frisou que essa é apenas uma das cadeias produtivas que a pasta vem assumindo e que está impulsionando outros setores como a cadeia produtiva do leite, da suinocultura, ovinocultura entre outras.
“Sou um defensor de que plantemos milho, soja e vamos fazer isso. Temos em andamento três fábricas de ração no Estado e precisamos sim de matérias-primas. Não vejo problemas em avançar nesse sentido”, pontuou o secretário.
Outro questionamento feito pelos parlamentares ao secretário foi porque não incluir os mais de 20 mil produtores que precisam se regularizar diante do passivo ambiental. O deputado Manoel Moraes (PSB) disse o seguinte: “esse fundo vai priorizar os produtores que estão em dívida com o passivo ambiental?”. Magalhães respondeu que a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar já trabalha a regularização desses produtores. “Esse reflorestamento é para atender as atividades produtivas como as marcenarias, as cerâmicas. Esse modelo proposto aqui não pode ser plantado para recuperar áreas de proteção permanente, pois serão retirados depois”.
O presidente da Mesa Diretora, em exercício, deputado Moisés Diniz (PCdoB) salientou que a votação das propostas e a abertura da reunião para a imprensa é mostrar que a Aleac trata todos os assuntos com transparência. “A nossa presença aqui com a equipe de governo e a imprensa é uma prova que esta Casa não vota nada no escuro. A Aleac é uma instituição transparente em seus atos”, finalizou.