O início desta semana foi marcado por uma euforia entre as pessoas que aderiram a algum tipo de mar-keting de rede no Acre. Depois de vá-rios meses de apreensão por conta de recomendações do Ministério Público e hipóteses de que a Receita Federal preparava subsídios para uma investigação e remessa dessas informações à Polícia Federal sobre possíveis irregularidades, o momento agora sinaliza para novas adesões a empresas de vendas diretas.
Há quem diga que esta é uma nova fase, em que as oportunidades se escancaram a quem não tem uma renda satisfatória, assim como também para quem tem muito dinheiro. Para o acreano, em especial, falar de marketing de relacionamento ainda causa repulsa, por conta do desconhecimento que termos como “empresa de venda direta” ou “network marketing” trazem consigo.
O preconceito é latente e a descon-fiança muito mais. Já ouvi quem dissesse: “Quero só ver o fulano enrolado na Polícia Federal quando a casa dele cair. É impossível que ele tenha essa dinheirama toda, que ganhe muito mais do que eu que vivo do trabalho pra casa e da casa para o trabalho”.
A questão assombra a todos nós, acostumados quase sempre a receber ordenados uniformes, muitas vezes, sem uma progressão salarial. Mas uma coisa ponha na sua cabeça: esta nova modalidade de ganho veio para ficar e fará parte de sua vida, queira você que ela fique, queira não. O sistema, embora seja relativamente novo no país, já funciona normalmente entre 40% das famílias americanas, desde décadas passadas.
E por que ficará? Porque, sem que você perceba ainda, instituições financeiras tradicionais já estão se adequando a este novo conceito. Há um banco e uma empresa de cartões de crédito se adequando a oferecer roupas de qualidade do tipo outlet, o popular queima, por meio deste sistema, por exemplo.
Mas como em todo ramo de atividade, vai sempre haver a picaretagem. Golpistas vão lançar mão de artimanhas para pegar imprevidentes que eventualmente, não procurarem se informar sobre o já combalido esquema de pirâmide, mas que teima em pegar muita gente.
Para estes casos, será preciso discernir o que é golpe e o que não é. Por isso, há milhares de vídeos explicativos e outros artefatos na internet, que mostram a diferença de cada uma delas.
Um deles pode ser acessado neste endereço http://www.youtube.com/watch?v=jgQ39UPnKR8&;feature=youtu.be onde o especialista Leandro Ahmed fala deste mal que assola o mercado de venda direta.
Eu, particularmente, como um assalariado pensei em vender minha casa para um retorno financeiro mais gordo. Isso não ocorreu porque não foi de consenso com a esposa. No entanto, sigo apostando que este será o modelo impulsionador da economia no futuro e por uma melhor qualidade de vida para quem batalha por um melhor lugar ao sol. PYS: Veja matéria no ACRE ECONOMIA desta edição.
Resley Saab é jornalista.
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