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Amor próprio

Então é isso. Hoje é o Dia dos Namorados. Parabéns a você que tem alguém especial, mesmo que ele esteja ao seu lado há dois meses ou quatro décadas. Nesta data há até quem evite brigar com o parceiro para não perder a chance de ser presenteado. Quem fatura com isso é o comércio.

Mas eu chamo você para mais perto, um papo franco. O que realmente significa amar? Qual o real sentido de entrar em um relacionamento sério? Às vezes tenho a impressão de que certos valores foram perdidos. Os mais desacreditados apostam que tais coisas nunca existiram.

Muitos até confundem liberalismo com libertinagem. Dessa forma, pessoas usam o corpo como fonte de prazer, mantendo relações sexuais com vários parceiros. Algumas me viriam com a velha desculpa do “enquanto não vem o certo, eu me divirto com os errados”. Papo furado! Nem quem diz isso acredita na afirmação.

Outra falta grave é o relacionamento sem destino. Eu chamo esse de precipício, que é quando se caminha até a queda livre. Ali ninguém construiu uma ponte para o outro lado, para o depois. É acreditar que esse será só mais um caso, um namoro, mas que não vale à pena investir. Quantos não usam o discurso do “não gosto dele (a) pra valer, mas vou levando até quando for possível”? Essa é clássica e eu chamo também de “perder o tempo”. Enquanto você se engana com a tal pessoa errada, uma ótima chance pode estar passando, escorregando pelos seus dedos. Cuidado!

Também existe o relacionamento do tipo “pista de mão única”. Quem nunca se apaixonou sem ser correspon-dido? Até aí tudo bem. O que não pode acontecer é isso virar uma obsessão a ponto de você se esquecer de si.
O que falta é amor próprio. Por isso, a partir de hoje, que tal você procurar se namorar? A indicação é cuidar de si, do coração, da auto-estima, do bem-estar, procurar boas compa-nhias, descobrir um novo hobbie, levar-se para jantar, sorrir e ser feliz.

Quanto ao parceiro certo, não se preocupe, ele virá, mas não da forma como você almeja. Portanto, aceite isso e não tente moldá-la ao seu gosto. Se mudanças forem necessárias, deixe que ele ou ela tomem a iniciativa.
Respeito quem prefira viver sozinho até o fim dos dias, mas ainda acredito que uma sociedade melhor se constrói com valores cultivados no seio familiar. A união entre duas pessoas só pode ser bem sucedida com o amor próprio. Isso gera gente altruísta, capaz de fazer o bem, de educar os filhos e ser exemplo onde quer que vá.

* Brenna Amâncio é jornalista.
E-mail: brenna.amancio@gmail.com

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